<b>MONITORAMENTO DE BORBOLETAS: O PAPEL DE UM INDICADOR BIOLÓGICO NA GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO</b>

Autores

  • Jessie Pereira Santos Universidade Estadual de Campinas
  • Onildo João Marini-Filho ICMBio
  • André Victor Lucci Freitas Universidade Estadual de Campinas
  • Márcio Uehara-Prado

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v6i1.569

Resumo

Programas de monitoramento podem ser considerados boas estratégias para avaliação continuada da qualidade de habitats ao longo do tempo. Entretanto, para que seu emprego tenha êxito, é necessário um sistema capaz de gerir e administrar as atividades a longo prazo de modo a produzir dados confiáveis e que possam ser utilizados no planejamento de ações mitigatórias. Em regiões de zonas temperadas as iniciativas de monitoramento têm gerado resultados satisfatórios, mas no Brasil, frente à grande diversidade biológica e extensão territorial, o desafio de estabelecer um programa de monitoramento efetivo tem se mostrado um obstáculo a ser vencido. Considerando as constantes ameaças que o desenvolvimento econômico impõe sobre a causa ambiental no Brasil, as unidades de conservação têm sofrido pressões de diversas naturezas, as quais certamente comprometem sua efetividade em relação à conservação dos habitats naturais. Neste artigo se discute a utilização de borboletas como indicadores biológicos e as características que as tornam um dos melhores grupos para ser incluído em programas de monitoramento. Adicionalmente, descreve-se de que modo as borboletas podem auxiliar a gestão das unidades de conservação e do monitoramento, utilizando o exemplo do “Programa de Monitoramento in situ da Biodiversidade”. Por meio da inclusão da sociedade em atividades de sensibilização e envolvimento, seja no ensino das técnicas de coleta de dados ou do exercício do contato direto com as borboletas, esses pequenos organismos são capazes tanto de gerar respostas rápidas para avaliar a qualidade dos habitats quanto de servir como uma ferramenta de apoio para a manutenção de programas de monitoramento no Brasil.

Downloads

Publicado

07/03/2016

Edição

Seção

Pesquisa e manejo de Unidades de Conservação