Termos e compromisso e participação social: possibilidades para a inovação institucional na conservação da biodiversidade

Autores/as

  • Lílian de Carvalho Lindoso Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; Universidade Federal do Tocantins (mestranda)
  • Temis Gomes Parente Universidade Federal do Tocantins - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v4i1.340

Palabras clave:

desarrollo como libertad, instituciones, recursos de uso común, sustentabilidad, termo de compromiso

Resumen

El termo de compromiso es un instrumento de Derecho, previsto con un fin específico en el Decreto 4.340/2002, que regula dispositivos del Sistema Nacional de Unidades de Conservación de la Naturaleza (SNUC) en Brasil, para normatizar provisoriamente la relación entre populaciones tradicionales residentes en el interior de unidades de conservación (UCs) de protección integral, que no permiten asentamientos humanos ni el uso directo de sus recursos naturales. Asumiendo la perspectiva de que la Conservación de la Biodiversidad puede y debe contribuir para la sustentabilidad como paradigma de desarrollo regional, este artículo vale-se de un referencial teórico institucionalista, y particularmente de los conceptos de recursos de uso común (RUC) (Ostrom 2011) y de desarrollo como libertad (Sen 2010), para reflexionar sobre concepciones de fondo que animan la gestión pública de UCs, resaltando los desafíos y posibilidades al cambio institucional de la Conservación colocados por la implementación del termo de compromiso. Ese instrumento es aquí entendido como proceso de construcción participativa, que coloca la necesidad de establecimiento de nuevos términos para una concepción de la relación sociedadnaturaleza más compatible con los preceptos de sociedades democráticas y reconocedoras de la validad de los conocimientos tradicionales para la Conservación. Eventualmente, el caso de la región del Jalapão, Tocantins, será usado para ilustrar las discusiones.

Biografía del autor/a

Lílian de Carvalho Lindoso, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; Universidade Federal do Tocantins (mestranda)

Graduada em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade Federal do Ceará e especialista em Comunicação, Sociedade e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins. Analista ambiental do Ibama desde 2005, tendo sido redistribuída para o ICMBio em 2009. Lotada na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, aonde foi chefe entre MAI/2009 e DEZ/2010, atualmente se encontra licenciada para Mestrado em Desenvolvimento Regional na Federal do Tocantins.

Temis Gomes Parente, Universidade Federal do Tocantins - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional

Possui graduação em História pela Universidade Federal do Piauí (1986), mestrado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (1996) e doutorado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (2001). Pós-Doutora pelo CEDEPLAR/UFMG, (2010). Atualmente é professor .Assoiado I da Universidade Federal do Tocantins. Bolsista de Produtividade 2-CNPQ. Coordenadora do Mestrado em Desenvolvimento Regional da UFT. Coordenou o DINTER - doutorado Insteristitucional em História UFT/UFRJ. Coordenadora do Núcleo de Estudos das Diferenças de Gênero - NEDIG da UFT. Atua nas seguintes áreas: História do Tocantins; História Regional; História e Gênero; História das Mulheres. História Cultural. . Gênero e Meio Ambiente.

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Publicado

13/05/2014

Número

Sección

Pesquisa e manejo de Unidades de Conservação