Flora exótica no Parque Nacional de Brasília: levantamento e classificação das espécies

Autores/as

  • Christiane Horowitz Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Núcleo de Pesquisa e Manejo/ NPM do Parque Nacional de Brasília/ PNB
  • Carlos Romero Martins Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis/Ibama
  • Bruno Machado Tele Walter Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia/Cenargen, Herbário CEN

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v3i2.353

Palabras clave:

Cerrado, flora exótica, Parque Nacional de Brasilia, plantas invasoras

Resumen

El bioma Cerrado es la savana de la mayor biodiversidad en el mundo, pero es uno de los biomas más amenazados del planeta. El Parque Nacional de Brasilia protege la mayor y más representativa remanente del Cerrado en el Distrito Federal, aunque contaminado por las especies exóticas que ponen en peligro la integridad de ese espacio a proteger. La presencia de especies invasoras, especialmente las gramíneas, es uno de los problemas y desafíos clave para mantenerlo. Desde la gestión de proyectos y la investigación desarrollada en el área del parque conocida como Area 1, que es su área más grande y antigua, fue encuestada la flora exótica del parque con el fin de identificar las especies con comportamiento invasor o propensión a convertirse en invasoras. En consonancia con el marco teórico que sustenta el proceso de invasión biológica, las especies se clasifican en: exótica casual con baja (B) o media/alta (MA) propensión de establecimiento y crecimiento de la población; exótica persistente con bajo (B) o medio/ alto (MA) riesgo potencial de invasión y exóticas invasoras en fase inicial (I) o media/avanzada (MA) de dispersión/colonización. Existen en el Parque 126 especies exóticas, cuya mayoría (68,2%) se introdujo con fines ornamentales, alimentales y medicinales. Actualmente, 39 especies exóticas son consideradas de alto riesgo, distribuidos de la siguiente manera: Exotica Casual MA:2, Exotica persistente MA : 16; exótica invasora I: 12 exóticas y invasoras MA: 9. La gestión de la flora exótica de nuevo a las especies incluidas en estas clases. Melinis minutiflora, Andropogon gayanus, Urochloa decumbens y Hyparrhenia rufa, por orden de prevalencia, se encuentran en proceso de invasión temprana. La clasificación de las especies ha sido útil para orientar la gestión de la flora exótica. Las acciones de erradicación/control podríeran estancar el proceso de invasión de algunas especies de árboles y arbustos antes clasificados como Casual MA, MA persistente e invasor I. En el caso de las gramíneas persistentes MA, Invasorar I y Invasora MA, el problema se agravó. Además de Melinis minutiflora, Andropogon gayanus, Urochloa decumbens y Hyparrhenia rufa, Phyllostachys bambusoides and Eragrostis tenuifolia aparecen como invasoras en el área del parque. Existen también Leucaena leucocephala, Tithonia diversifolia y Arundo donax que amenazan la flora nativa desde el alrededor del parque. El monitoreo constante, seguido por combate cuando necesario, es esencial para que la flora nativa sea protegida e que se pueda cumplir la función del parque de conservación del Cerrado.

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Publicado

08/03/2014

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