Caracterización the las actividad de caceria y pesca em la Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará, Brasil, com énfasis em el uso de quelonios

Autores/as

  • Danielly Félix-Silva Pesquisador independente colaborador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA da Universidade Federal do Pará/UFPA
  • Marcelo Derzi Vidal Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais/CNPT do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio
  • José Benedito Alvarez Júnior Pesquisador independente colaborador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA da Universidade Federal do Pará/UFPA
  • Juarez Carlos Brito Pezzuti Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA da Universidade Federal do Pará/UFPA

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v8i2.794

Palabras clave:

Amazonia, etnobiología, testudines

Resumen

Las poblaciones humanas amazónicas tienen una estrecha relación con la fauna silvestre, la qual representa una de las bases de su alimentación. La
Floresta Nacional de Caxiuanã, es uma Unidad de Conservación ubicada entre los municipios de Melgaço y
Portel, Pará-Brasil, cuyas poblaciones residentes son predominantemente agricultoras y dependientes de la
pesca de subsistencia. Adicionalmente cazan, cuando los recursos pesqueros son más escasos, especialmente
durante el invierno amazónico. Los Testudines son históricamente utilizados en la cuenca amazónica desde
épocas precolombinas y ese uso ha presentado cambios a lo largo del tiempo y a lo largo de su área de
ocurrencia. En este estudio, investigamos cuáles son las etnoespecies de Testudines, las estrategias para
la obtención de las mismas y las prácticas culturales involucradas en este uso. Se realizaron 60 entrevistas
semiestructuradas con residentes cazadores y / o pescadores, entre hombres y mujeres, de 24 comunidades de la Floresta Nacional de Caxiuanã Encontramos que para la captura de Testudines los moradores utilizan las mismas técnicas y artefactos para la caza y pesca. La recolección manual es ejercida tanto en verano como en el invierno, siendo frecuentemente utilizada para la captura de quelonios en periodo de ovoposición. El jaticá y el paneiro son los artefactos de la pesca intensamente utilizados a lo largo del año. Por otro lado, de acuerdo con los recuerdos, los peces son el grupo predominantemente consumido en la FLONA (61,5%), mientras que los reptiles representan el 12,8%. Se mencionaron 28 denominaciones locales, referentes a
12 especies de quelonios. Entre los quelonios citados el morrocoy (Chelonoidis spp.) es la etnoespecie más
consumida por los moradores, la más común y la más comercializada. La charapa (Podocnemis expansa)
y el cabezón (Peltocephalus dumerilianus) fueron las etnoespecies más citadas como zooterápicos. Estos
resultados indicam importantes herramientas para estratégias más inclusivas, que tengam como objetivo
la promoción de programas de manejo y conservación de la fauna más adequados a la realidade de los
habitantes del Floresta Nacional de Caxiuanã.

Biografía del autor/a

Danielly Félix-Silva, Pesquisador independente colaborador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA da Universidade Federal do Pará/UFPA

Doutora em ciências biológicas com ênfase em ecologia. Estuda o manejo e conservação da fauna aquática no contexto de impacto ambiental. Professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em Zoologia do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Programa de Pós-graduação em Ecologia Aquática e Pesca da Universidade Federal do Pará.

Marcelo Derzi Vidal, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais/CNPT do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio

Mestre em Ecologia pelo Programa de Pós-graduação em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, doutorando do Programa Bionorte

José Benedito Alvarez Júnior, Pesquisador independente colaborador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA da Universidade Federal do Pará/UFPA

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará/UFPA

Juarez Carlos Brito Pezzuti, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA da Universidade Federal do Pará/UFPA

Doutor em ecologia pela Universidade Estadual de Campinas. Estuda o manejo e conservação da fauna.

Citas

Adams, C. 2002. Estratégias adaptativas de duas populações caboclas (Pará) aos ecossistemas de várzea estuarina e estacional: uma análise comparativa. Tese (Doutorado em ecologia). Universidade de São Paulo, São Paulo. 373p.

Alho, C.J.R. 1984. Estratégias para conservação e manejo de tartarugas comumente exploradas na Amazônia. In: Anais do XI Congresso Brasileiro de Zoologia. SBZ. Versão eletrônica.

Baía Junior, P.C. 2006. Caracterização do uso comercial e de subsistência da fauna Silvestre no município de Abaetetuba, PA. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal). Universidade Federal do Pará. 128p.

Bates, H.W. 1876. Um naturalista no rio Amazonas. Editora Itatiaia. 300p.

Batistella, A.M; Castro, C.P; Vale, J.D. 2005. Conhecimento dos moradores da comunidade de Boas Novas, no lago Janauacá – Amazonas, sobre os hábitos alimentares dos peixes da região. Acta Amazônica, 2(1): 51-54.

Begossi, A.; Braga, F.M.S. 1992. Food taboos and folk medicine among fishermen from the Tocantins River. Amazoniana, 12: 101-118.

Begossi, A.; Silvano, R.A.M; Amaral, B.D; Oyakawa, O. T. 1999. Uses of fish and game by inhabitants of an extractive reserve (Upper Juruá, Acre, Brazil). Environment, Development and Sustainability, 1: 73-93.

Begossi, A.; Hanazaki, N.; Ramos, R.M. 2004. Food chain and reasons for fish taboos among Amazonian and Atlantic Forest fishers (Brazil). Ecological Applications, 14: 1334-1343.

Berkes, F.; Kislalioglu, M.; Folke, C.; Cadgil, M. 1998. Exploring the basic ecological unit: ecosystem-like concepts in traditional societies. Ecosystems, 1: 409-415.

Calouro, A.M. 1995. Caça de subsistência, sustentabilidade e padrões de uso entre seringueiros ribeirinhos e não ribeirinhos do Estado do Acre. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Ecologia). Universidade de Brasília. 82p.

Castro, M. A. C. 2005. Alimentação e reima no Vale do Tapajós. 2005. Monografia (Graduação em Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais). Universidade Federal do Pará. 71p.

Castro, M; Mertens, F; Saint-Charles, J; Passos, C; Demeda, K; Mergler, D. 2006. Cultura alimentar e mercúrio no Tapajós: um estudo de caso sobre a reima. In: Anais do III Encontro da ANPPAS. ANPPAS. Versão eletrônica.

Colding, J.; Folke, C. 1997. The relations among threatened species, their protection, and taboos. Conservation Ecology, 1(1): 1-6.

Colding, J.; Folke, C. 2000. The taboo system: Lessons about informal institutions for nature management. Georgetown International Environmental Law Review, 12: 413-445.

Costa, K. S. 2002. Homens e natureza na Amazônia: dimensões (1616-1920). Tese (Doutorado em História). Universidade de Brasília. 292p.

Costa-Neto, E.M. 2000. Restrições e preferências alimentares em comunidades de pescadores do município do Conde, Estado da Bahia, Brasil. Revista Nutricional, 13(2): 117-126.

Costa-Neto, E.M.; Dias, C.V.; Melo, M.N. 2002. O conhecimento ictiológico tradicional dos pescadores da cidade de Barra, região do Médio São Francisco, Estado da Bahia, Brasil. Acta Scientiarium, 24(2): 561-572.

Félix-Silva, D.; Oliveira, R.; Júnior, J.B.A.; Pezutti, J.C.B. 2013. Uso da fauna cinegética por moradores da Floresta Nacional de Caxiuanã (Melgaço, Pará): Implicações para o manejo p. 595-620. In: Lisboa, P.L.B. (org.). Floresta Nacional de Caxiuanã - Edição Comemorativa 60 anos.1 ed. GTR Gráfica e Editora Ltda. 656p.

Ferreira, L.V.; Silva, A.S.; Almeida, S.S. 2012. Os tipos de vegetação de Caxiuanã. p: 132-152. Plano de Manejo da Floresta Nacional de Caxiuanã. Volume 1 – Diagnóstico. 462 p.

FVA. 2000. Peixes (Série recursos naturais). Fundação Vitória Amazônica. 72p.

Galvão, E. 1955. Santos e visagens: um estudo da vida religiosa de Itá – Amazonas. Editora Brasiliana. 284p.

Gilmore, R. M. 1986. Fauna e etnozoologia da América do Sul Tropical. p. 189-233. In: Ribeiro, D. (Ed.). Suma etnológica brasileira. Editora Vozes. 1050p.

Hanazaki, N. 2003. Comunidades, Conservação e Manejo: o papel do conhecimento ecológico local. Biotemas, 16(1): 23-47.

Hanazaki, N.; Begossi, A. 2006. Catfish and mullets: the food preferences and taboos of caiçaras (Southern Atlantic Forest Coast, Brazil). Interciência, 31(2): 1-2.

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2012. Plano de Manejo da Floresta Nacional de Caxiuanã – PA: Volume de Diagnóstico. http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/1928-flona-de-caxiuana.html. (Acesso em 05/12/2013).

Lisboa, P.L.B. 2002. A natureza em Caxiuanã. In: Lisboa, P.L.B. (org.). Natureza, homem e manejo de recursos naturais na região de Caxiuanã, Melgaço, Pará. Museu Paraense Emílio Goeldi. 237p.

Maués, R.H.; Motta-Maués, M.A. 1977. O modelo da “reima”: representações alimentares em uma comunidade amazônica. Anuário Antropológico, 77: 120-147.

Meggers, B.J. 1979. América pré-histórica. Editora Paz e Terra. 242p.

Montag, L.F.A. 2006. Ecologia, Pesca e Conservação de Peixes na Floresta Nacional de Caxiuanã (Municípios de Melgaço e Portel-Pará, Brasil). Tese (Doutorado em Zoologia). Museu Paraense Emílio Goeldi. 143p.

Ojasti, J. 2000. Manejo de fauna silvestre neotropical. Smithsonian Institution. 290p.

Oliveira, A.C.M. 2004. Gestão participativa e a atividade de caça na reserva extrativista do Tapajós – Arapiuns, Santarém, PA. Raízes, 23(01/02): 42-51.

Pacheco, R.S. 2006. Aspectos da ecologia de pescadores residentes na península de Maraú – BA: pesca, uso de recursos marinhos e dieta. Dissertação (Mestrado em Ecologia). Universidade de Brasília. 110p.

Pereira, N. 1974. Panorama da alimentação indígena: comidas, bebidas e tóxicos na Amazônia brasileira. Editora São José. 406p.

Pezzuti, J.C.B. 2003. Ecologia e Etnoecologia de Quelônios no Parque nacional do Jaú, Amazonas, Brasil. Tese (Doutorado em Ecologia). Universidade Estadual de Campinas. 149p.

Pezzuti, J.C.B. 2004. Tabus alimentares. p. 167-187. In: Begossi, A. (Org). Ecologia de pescadores da Mata Atlântica e da Amazônia. Editora Ucitec. 332p.

Pezzuti, J.C.B.; Rebêlo, G.H.; Silva, D.F.; Lima, J.P.; Ribeiro, M.C. 2004. A caça e a pesca no Parque Nacional do Jaú – Amazonas, Brasil. p. 215-230. In: Borges, S.H. (org). Janela para a biodiversidade no Parque Nacional do Jaú: uma estratégia para o estado da biodiversidade na Amazônia. Fundação Vitória Amazônica. 275p.

Pezzuti, J.C.B.; Lima, J.P.; Félix-Silva, D.; Begossi, A. 2010. Uses and Taboos of turtles and tortoises along Rio Negro, Amazon Basin. Journal of Ethnobiology, 30(1): 153-168.

Ramos, R.M; Pezzuti, J.C.B.; Vieira, E.M. 2016. Age structure of the vulnerable White-lipped peccary Tayassu pecari in areas under different levels of hunting pressure in the Amazon Forest. Oryx, 50(1): 56-62.

Rebêlo, G.H.; Pezzuti, J.C.B. 2000. Percepções sobre o consumo de quelônios na Amazônia. Sustentabilidade e alternativas ao manejo atual. Revista Ambiente e Sociedade, 6(7): 85-104.

Rebêlo, G.H.; Pezzuti, J.C.B.; Lugli, L.; Moreira, G. 2005. Pesca artesanal de quelônios no Parque Nacional do Jaú. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, 1 (1): 111-127.

Ross, E.B. 1978. Food taboos, diet and hunting strategy: the adaptation to animals in Amazon cultural ecology. Current Anthropology, 19(1): 1-36.

Silva, A.L.; Begossi, A. 2004. Uso de recursos por ribeirinhos no Médio Rio Negro. p. 89-148. In: Begossi, A. (Org). Ecologia de pescadores da Mata Atlântica e da Amazônia. Editora Ucitec. 332p.

Trigo, M.; Roncada, M.J.; Stewien, G.T.M.; Bicudo-Pereira, I.M.T. 1989. Tabus alimentares em regiões do Norte do Brasil. Revista de Saúde Pública, 23: 455-64.

Trinca, C; Ferrari, S.F. 2004. Caça em assentamento rural na Amazônia mato-grossense. <http://www.anppas.org.br/encontro_anual/encontro2/GT/GT02/GTCristiano.pdf>. (Acesso em 13/09/2007).

Vidal, M.D. 2008. Experiências de manejo dos recursos naturais na várzea amazônica. Ibama/ProVárzea. 60p.

Publicado

09/08/2018

Número

Sección

Caça: subsídios para a gestão de unidades de conservação e manejo de espécies (v. 2)