Análise de Percepção para o Planejamento do Uso Público do REVIS Ilha dos Lobos: Identificando Características do Turismo Local por Meio das Redes Sociais

Autores

  • Rafael Mendes Teixeira Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, Torres/Rio Grande do Sul, Brasil. CEP: 95560-000
  • Aline Kellermann Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, Torres/Rio Grande do Sul, Brasil. CEP: 95560-000.
  • Daniela Martins Machado Oliveira Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, Torres/Rio Grande do Sul, Brasil. CEP: 95560-000
  • Guilherme Menezes Betiollo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, Torres/Rio Grande do Sul, Brasil. CEP: 95560-000
  • Kelen Rodrigues da Veiga Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, Torres/Rio Grande do Sul, Brasil. CEP: 95560-000.
  • Mariane da Silva Bernardi Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, Torres/Rio Grande do Sul, Brasil. CEP: 95560-000

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i3.1980

Palavras-chave:

ROVUC, unidades de conservação, visitação

Resumo

O uso público pode ser caracterizado como a forma de utilização das Unidades de Conservação pelos seus visitantes mediada por sua gestão, a qual buscará conciliar essas práticas com os objetivos de conservação. O crescimento do turismo em áreas naturais demanda o estabelecimento de parâmetros mais precisos em relação às diferentes práticas. Assim, dentre os estudos sobre o planejamento do turismo em unidades de conservação, o Rol de Oportunidades de Visitação em Unidades de Conservação pode se apresentar como uma ferramenta complementar à construção do Plano de Uso Público, sendo utilizado para, por exemplo, avaliar o perfil de uso público. Com isso, o presente trabalho buscou iniciar a primeira etapa de caracterização geral do uso público do Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos e seu entorno, proposto pela ferramenta citada. O processo foi adaptado à situação atual de distanciamento social imposta pela pandemia, fazendo uso das redes sociais para identificar a percepção do público residente e visitante. Foram recebidas 205 respostas por meio de formulário online, provenientes de 42 cidades, sendo a maioria (49%) da comunidade local de Torres/RS e Passo de Torres/SC. “Sol e praia” foi citada como a principal forma de turismo realizada pelos participantes. As atividades contempladas com maior intenção de realização foram mergulho, surfe e passeio de barco. Os resultados apresentam um panorama simplificado das principais modalidades de turismo praticadas no território, os quais poderão auxiliar nas futuras discussões de elaboração do Plano de Uso Público para identificação dos potenciais turísticos a serem promovidos. 

Biografia do Autor

Rafael Mendes Teixeira, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, Torres/Rio Grande do Sul, Brasil. CEP: 95560-000

Biólogo licenciado pela Universidade Federal de Viçosa (2019), possui Especialização em Gestão e Planejamento de Áreas Naturais Protegidas pelo Instituto Federal de Barbacena (2018). É também Bacharel em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi (2013) com ênfase em Gestão e Hospitalidade e Guia de Turismo Nacional credenciado a Embratur, formado pelo Centro Acadêmico Senac. Atualmente trabalha como Biólogo Bolsista de apoio científico no Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos (ICMBio) pelo projeto de Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF Mar)

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Publicado

01/04/2022

Edição

Seção

Gestão do Uso Público: Turismo e Lazer em Áreas Protegidas