Boas práticas de manejo e bem-estar de peixes em aquários públicos: um exemplo com o zebrinha Abramites hypselonotus

Autores

  • Adrieli Marcacini de Araujo Bioparque Pantanal, Av. Afonso Pena, 6277, Chácara Cachoeira, Campo Grande/MS. Brasil. CEP: 79.031-010. 2.Centro Universitário União das Américas/UniAmérica, Programa de Pós-graduação em Bem-estar de Animais Silvestres e Exóticos, Av. das Cataratas, 1118, Vila Yolanda, Foz do Iguaçu/PR. Brasil. CEP: 85.853-000.
  • Carla Larissa Kovalski Dias Bioparque Pantanal, Av. Afonso Pena, 6277, Chácara Cachoeira, Campo Grande/MS. Brasil. CEP: 79.031-010. 2.Centro Universitário União das Américas/UniAmérica, Programa de Pós-graduação em Bem-estar de Animais Silvestres e Exóticos, Av. das Cataratas, 1118, Vila Yolanda, Foz do Iguaçu/PR. Brasil. CEP: 85.853-000.
  • Jordan Lucas Almeida Teixeira Centro Universitário União das Américas/UniAmérica, Programa de Pós-graduação em Bem-estar de Animais Silvestres e Exóticos, Av. das Cataratas, 1118, Vila Yolanda, Foz do Iguaçu/PR. Brasil. CEP: 85.853-000.
  • Nayara Aline Fernandes Magalhães Centro Universitário União das Américas/UniAmérica, Programa de Pós-graduação em Bem-estar de Animais Silvestres e Exóticos, Av. das Cataratas, 1118, Vila Yolanda, Foz do Iguaçu/PR. Brasil. CEP: 85.853-000.
  • Diego Azevedo Zoccal Garcia Bioparque Pantanal, Av. Afonso Pena, 6277, Chácara Cachoeira, Campo Grande/MS. Brasil. CEP: 79.031-010.
  • Giovanna Rodrigues Stringhetta Bioparque Pantanal, Av. Afonso Pena, 6277, Chácara Cachoeira, Campo Grande/MS. Brasil. CEP: 79.031-010.
  • Mateus Rojas Franco de Souza Bioparque Pantanal, Av. Afonso Pena, 6277, Chácara Cachoeira, Campo Grande/MS. Brasil. CEP: 79.031-010.
  • Heriberto Gimênes Junior Bioparque Pantanal, Av. Afonso Pena, 6277, Chácara Cachoeira, Campo Grande/MS. Brasil. CEP: 79.031-010.

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v14i1.2462

Palavras-chave:

Aquarismo, biodiversidade, conservação, legislação

Resumo

As boas práticas de manejo de peixes de água doce compreendem atividades e orientações que devem ser adotadas para que se alcance o bem-estar das espécies em aquários de visitação pública. Dessa maneira, espera-se que os peixes manifestem comportamentos e atividades próximos ou iguais aqueles observados em ambientes naturais. Para exemplificar como tais medidas devem ser adotadas, foi escolhida Abramites hypselonotus (Ordem Characiformes, Família Anostomidae) como organismo modelo, uma espécie de piau também conhecida comumente como zebrinha, abramites ou piau-pedra. Assim, o protocolo aqui apresentado aborda orientações sobre o período de quarentena, as especificações das dimensões do recinto de exposição, o controle da qualidade da água (como temperatura, pH, oxigênio dissolvido e série nitrogenada), sanidade e biossegurança, alimentação, comportamento e enriquecimento ambiental. Vale ressaltar que não buscamos sanar as orientações sobre boas práticas com peixes em aquários públicos, mas sim incentivar e divulgar informações que podem ser adotadas de acordo com cada espécie ou grupo de peixes. Portanto, acreditamos que a adoção de boas práticas com peixes de água doce e comportamento de maneira mais natural em aquários públicos sejam uma importante oportunidade para a educação ambiental e conscientização da população sobre a conservação ambiental, além de proporcionar melhor qualidade de vida aos animais.

Referências

Murphy JB, Iliff G. Count de Lacepède: Renaissance Zoo Man. Herpetol Rev. 2004;35(3):220-223.

Tavares HS. Alimentação e nutrição de animais silvestres nativos e exóticos cativos – O papel do zootecnista [Internet]. Brasília; 2011. [citado em 2023 mai. 2]. Disponível em: http://www.abz.org.br

FAWC. The Five Freedoms. Farm Animal Welfare Council. London: Press release; 1992.

Brambell FWR. Technical Committee to Enquire into the Welfare of Animals kept under Intensive Livestock Husbandry Systems. Report of the technical committee to enquire into the welfare of animals kept under intensive livestock husbandry conditions. London: Her Majesty’s Stationary Office; 1965.

Mergulhão MC, Trivelato SLF. Zoológico: uma sala de aula viva. Revista Educação: Teoria e Prática. 2001;9(16):1-15.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Guia Brasileiro de Produção, Manutenção ou Utilização de Animais para Atividades de Ensino ou Pesquisa Científica. Resolução Normativa nº 44 do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal. Peixes mantidos em instalações de ensino ou pesquisa científica – II. 2021. [acesso em 2 mai 2023]. Disponível em: http://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/concea/arquivos/pdf/guia-brasileiro-de-producao-manutencao-ou-utilizacao-de-animais-para-atividades-de-ensino-ou-pesquisa-cientifica/anexo-rn-peixes-ii.pdf

FAO. Procedures for the quarantine of live aquatic animals, a manual. Roma: Documento técnico de pesca; 2008.

OIE. Office International des Épizooties, International aquatic animal health code. 9th end. Paris: 2006. [acesso em 27 abr 2023]. Disponível em: http://www.oie.int/eng/normes/fcode/A_summry.htm.

WAZA. World Association of Zoos and Aquariums. 2023. [acesso em 2 mai 2023]. Disponível em: http://www.waza.org/en/site/home.

Ministério da Pesca e Aquicultura. Instrução normativa nº 4, de 4 de fevereiro de 2015. [acesso em 2 mai 2023]. Disponível em: http://alimentusconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2016/07/INM00000004.pdf

Britski HA, Silimon KZS, Lopes BS. Peixes do Pantanal: manual de identificação. 2 ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; 2007.

Gimênes Junior H, Rech R. Guia ilustrado dos peixes do Pantanal e entorno. Campo Grande: Julien Design; 2022.

Mills D, Vevers G. The Tetra encyclopedia of freshwater tropical aquarium fishes. New Jersey: Tetra Press; 1989.

Garavello JC, Britski HA. Family Anostomidae. In: Reis RE, Kullander SO, Ferraris Jr. CJ. Check List of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: Edipucrs; 2003. P. 72-85.

Corrêa CE, Petry AC, Hahn NS. Influência do ciclo hidrológico na dieta e estrutura trófica da ictiofauna do rio Cuiabá, Pantanal Mato-Grossense. Iheringia, Sér Zool. 2009 Dez;99(4):456-463. doi: 10.1590/S0073-47212009000400018

Vari RP, Williams AM. Headstanders of the Neotropical anostomid genus Abramites (Pisces: Characiformes: Anastomidae). Proc Biol Soc Wash. 1987;100: 89-103.

Sabino J. Conservação de peixes do Pantanal. In: Gimênes Junior, H, Rech R. Guia ilustrado dos peixes do Pantanal e entorno. Campo Grande: Julien Design; 2022. P. 18-35.

IBAMA. Instrução Normativa nº 7, de 30 de abril de 2015. [acesso em 2 mai 2023]. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/cepsul/images/stories/legislacao/Instrucao_normativa/2015/in_ibama_07_2015_institui_categorias_uso_manejo_fauna_silvestre_cativeiro.pdf

Ueda BH, Karling LC, Takemoto RM, Pavanelli CG. Parasites of the freshwater fish trade in Brazil: science metric study. Pes Vet Bras. 2013 Ago;33(7):851-854. doi: 10.1590/S0100-736X2013000700004

Piazza RS, Martins ML, Guiraldelli L, Yamashita MM. Parasitic diseases of freshwater ornamental fishes commercialized in Florianópolis, Santa Catarina, Brazil. Bol Inst Pesca. 2006 Out:32(1): 51-57.

Pavanelli GC, Takemoto RM, Eiras JC. Parasitologia de peixes de água doce do Brasil. Maringá: Eduem; 2013.

Kubitza F. A versatilidade do sal na piscicultura. Rev. Panorama da Aquicultura. 2007 Out;17(103):14-23.

Näslund J, Johnsson JI. Environmental enrichment for fish in captive environments: effects of physical structures and substrates. Fish Fish. 2016 Jul;17(1):1-30. doi: 10.1111/faf.12088

Ojelade OC, Durosaro SO, Akinde AO, Abdulraheem I, Oladepo MB, Sopein CA, Bhadmus AS, Olateju M. Environmental enrichment improves the growth rate, behavioral and physiological response of juveniles of Clarias gariepinus under laboratory conditions. Front Vet Sci. 2022 Out;9:980364. doi: 10.3389/fvets.2022.980364

The Shape of Enrichment. Five categories of enrichment, 2023. [acesso em 27 jul 2023]. Disponível em: http://enrichment.org/Complimentary-Resources-to-Download-(PDF).

Downloads

Publicado

12/03/2024

Edição

Seção

Fluxo contínuo