Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre

Autores

  • Ecio Rodrigues Universidade Federal do Acre/UFAC, Centro de Ciência Biológicas e da Natureza/CCBN, Curso de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo/CNPq, Rio Branco-AC, Brasil
  • Lorenna Eleamen da Silva Gama Universidade Federal do Acre/UFAC, Centro de Ciência Biológicas e da Natureza/CCBN, Curso de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo/CNPq, Rio Branco-AC, Brasil
  • Marco Antonio Amaro Universidade Federal do Acre/UFAC, Centro de Ciência Biológicas e da Natureza/CCBN, Curso de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo/CNPq, Rio Branco-AC, Brasil
  • Nilcélia Pires dos Santos Universidade Federal do Acre/UFAC, Centro de Ciência Biológicas e da Natureza/CCBN, Curso de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo/CNPq, Rio Branco-AC, Brasil
  • Flúvio de Sousa Mascarenhas Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Resex Chico Mendes, Rio Branco-AC, Brasil
  • Elke Lima dos Santos Universidade Federal do Acre/UFAC, Centro de Ciência Biológicas e da Natureza/CCBN, Curso de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo/CNPq, Rio Branco-AC, Brasil
  • Sandrelly Silva D’ávila Governo do Estado do Acre, Instituto de Terra do Acre/ITERACRE, Rio Branco-AC, Brasil
  • Renan Pereira da Silva Universidade Federal do Acre/UFAC, Centro de Ciência Biológicas e da Natureza/CCBN, Curso de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo/CNPq, Rio Branco-AC, Brasil
  • Timóteo Paladino do Nascimento Universidade Federal do Acre/UFAC, Centro de Ciência Biológicas e da Natureza/CCBN, Curso de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo/CNPq, Rio Branco-AC, Brasil
  • Vitor de Souza Abreu Universidade Federal do Acre/UFAC, Centro de Ciência Biológicas e da Natureza/CCBN, Curso de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo/CNPq, Rio Branco-AC, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v4i1.338

Palavras-chave:

Amazônia, ARIE, castanheira, unidade de conservação

Resumo

A criação da Área de Relevante Interesse Ecológico do Seringal Nova Esperança, em 1998, no município de Epitaciolândia no Acre, foi recebida com surpresa até mesmo pelos envolvidos com o movimento social local. Entidades consideradas de referência, para um movimento ambientalista amazônida, que se posicionavam como protagonistas de conquistas como as das Reservas Extrativistas e da tecnologia do Manejo Florestal Comunitário, não entenderam o que levou o governo federal da época a assinar o Decreto de Criação de uma categoria de Unidade de Conservação, uma ARIE, com uma área ínfima de aproximados 2.500 hectares, sob o argumento de que a castanheira, Bertholletia excelsa Bonpl., era uma espécie florestal considerada de elevado interesse ecológico. Passados 12 anos, sem que o órgão federal responsável pela consolidação da unidade iniciasse alguma ação relacionada à sua gestão, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), herdeiro institucional das atribuições relacionadas à Unidades de Conservação, se deparou com o dilema do que fazer para gerir a ARIE. Por meio de uma parceria inédita, o ICMBio buscou o apoio do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre, para realização de um conjunto de 12 pesquisas de iniciação científica, distribuídas em 2 grandes estudos: Socioeconomia e Biometria. Com emprego de metodologia consagrada para Levantamento Socioeconômico e Inventário Florestal, foi possível chegar a duas conclusões cruciais para tomada de decisão. Primeiro, que existe uma densidade de castanheiras que, embora sujeita à intensa pressão antrópica nos últimos 10 anos, corrobora a justificativa do elevado interesse ecológico usado para criação da ARIE. Segundo, que a população residente é composta de agricultores familiares que tem como principal componente da renda monetária, não a do escambo, mas aquela em moeda, a venda da castanha. Essas conclusões subsidiaram o principal resultado do estudo que foi a opção pela estratégia de manejo voltada para ampliação da área da ARIE e sua consolidação como Pomar de Sementes de Castanheira, provavelmente, o único da Amazônia.

Biografia do Autor

Lorenna Eleamen da Silva Gama, Universidade Federal do Acre/UFAC, Centro de Ciência Biológicas e da Natureza/CCBN, Curso de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo/CNPq, Rio Branco-AC, Brasil

1, Fluvio de Sousa Mascarenhas2,

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Publicado

13/05/2014

Edição

Seção

Pesquisa e manejo de Unidades de Conservação