<b>Aliança das Águas: Uma iniciativa para conhecer o papel do Parque Nacional da Serra das Lontras no fornecimento de água para municípios do sul da Bahia</b>

Autores

  • Bruno Cascardo Pereira Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Parque Nacional da Serra das Lontras, Ilhéus-BA, Brasil, CEP 45653-970.
  • Francisco Carlos Fernandes de Paula Universidade Estadual de Santa Cruz/UESC, Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Núcleo de Bacias Hidrográficas, Ilhéus-BA, Brasil, CEP 45662-200.
  • Ana Roberta Gomes Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia/IESB, Ilhéus-BA, Brasil, CEP 45653-145.
  • Ana Cláudia Fandi Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia/IESB, Ilhéus-BA, Brasil, CEP 45653-145.
  • Cezar Augusto Texeira Falcão Filho Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia/IESB, Ilhéus-BA, Brasil, CEP 45653-145.
  • Jonatas Batista Mattos Universidade Estadual de Santa Cruz/UESC, Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Núcleo de Bacias Hidrográficas, Ilhéus-BA, Brasil, CEP 45662-200.
  • Débora Alves dos Santos Universidade Estadual de Santa Cruz/UESC, Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Núcleo de Bacias Hidrográficas, Ilhéus-BA, Brasil, CEP 45662-200.
  • Sheila Aparecida Oliveira Rancura Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Parque Nacional da Serra das Lontras, Ilhéus-BA, Brasil, CEP 45653-970.

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v5i1.444

Resumo

Este trabalho descreve as ações e resultados obtidos pelo Projeto Aliança das Águas, iniciativa que envolveu diferentes instituições com o objetivo de conhecer a contribuição do Parque Nacional da Serra das Lontras -PNSL, criado em 2010, no fornecimento local de água, assim como a percepção dos moradores da região sobre os recursos hídricos, usos da terra e problemas ambientais relacionados à manutenção das águas. Além disso, o projeto buscou contribuir com a consolidação da Unidade de Conservação através da sensibilização ambiental e da oportunidade de maior aproximação entre o órgão gestor do parque e a sociedade local, através de oficinas e reuniões em que foram aplicadas metodologias participativas, como a elaboração de mapas mentais para subsidiar um diagnóstico sócio ambiental. Além da coleta e análise de dados relacionados à vazão e qualidade da água, foi produzido um mapa de uso do solo da UC e entorno, 1.200 folders de divulgação, e realizadas nove reuniões com a participação de 292 pessoas e a produção de 10 mapas mentais com informações sobre os recursos hídricos e problemas ambientais. As análises revelaram sempre águas extremamente límpidas, e em volume suficiente para atender os diversos usos da sociedade local, com vazão mínima de 972 l/s, ou seja, no mínimo 84 milhões de litros de água por dia, em uma estimativa conservadora. Os parâmetros físico-químicos obtidos são característicos de rios presentes em bacias hidrográficas bem preservadas, demonstrando a importância da manutenção dos fragmentos florestais, considerando sua representatividade na análise de cobertura vegetal que apontou a presença de pelo menos 48% da área do parque ocupada por florestas primárias. Os mapas mentais indicam que as áreas de preservação permanente estão frequentemente ocupadas por cabrucas, e o uso indiscriminado de agrotóxicos foi identificado como o principal problema ambiental citado durante as oficinas. O projeto levantou uma enorme quantidade de informação sobre o PNSL e seu entorno. Além de gerar produtos importantes para o planejamento, monitoramento e proteção da UC, a partir dos dados apresentados abrem-se diversas possibilidades para realização de outros projetos na UC.

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Publicado

21/07/2015

Edição

Seção

Pesquisa e manejo de Unidades de Conservação