Mapeamento de áreas queimadas como apoio ao monitoramento e às ações de manejo do fogo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins

Autores

  • Maximo Menezes Costa Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
  • Ana Carolina Sena Barradas Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
  • Marco Assis Borges Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1172

Palavras-chave:

Manejo integrado do fogo, planejamento adaptativo, mapeamento de áreas queimadas

Resumo

O uso do fogo com objetivos de conservação vem se tornando prioridade na gestão de áreas protegidas do Cerrado da região do Jalapão. O histórico de uma das regiões que mais incendiavam no país vem sendo mudado por ações de Manejo Integrado do Fogo (MIF). Os resultados imediatos tem sido a diminuição do número e do tamanho dos eventos de fogo no auge da estação seca, a mudança de queima predominantemente tardia para um regime pirodiverso e, uma melhor relação das Unidades de Conservação com as pessoas que dependem e vivem nessas áreas. O uso do fogo ou queima prescrita é apenas uma das ações de MIF que a gestão lança mão, sendo geralmente monitorado por sensoriamento remoto e geoprocessamento. Uma das informações cruciais nesse monitoramento é o mapeamento de áreas queimadas que é utilizado nas fases de planejamento, execução e avaliação das ações de MIF (planejamento adaptativo). Na fase de planejamento os polígonos reforçam a localização das áreas queimadas maximizando esforços para áreas que ainda não queimaram. Polígonos de áreas queimadas de anos anteriores indicam a idade ou o acúmulo de combustível, que possibilitam o estabelecimento de prioridades baseadas em graus de risco (alto, médio e baixo). Na fase de execução, o mapeamento é atualizado constantemente afim de informar a efetividade e as falhas na fragmentação do combustível, além de apoiar as ações de combate no período dos incêndios. Na fase de avaliação é feito o balanço de áreas queimadas (total, precoce, tardia, tamanho e quantidade de eventos de fogo e dos fragmentos de combustível não queimados, diferentes períodos de resiliência por fitofisionomias e frequência de queima), que ciclicamente subsidiará o planejamento das queimas dos próximos anos. Dessa forma, o monitoramento por meio do mapeamento de áreas queimadas é fundamental, desde a parte operacional, até a apresentação dos resultados de gestão do fogo.

Biografia do Autor

Maximo Menezes Costa, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

Biólogo, especialista em biociências forenses e mestrando em gestão de unidades de conservação pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Analista Ambiental do ICMBio desde 2010 com lotação na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (região do Jalapão). Trabalha com fogo desde 2010.

Ana Carolina Sena Barradas, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

Engenheira Florestal, Mestre em gestão de unidades de conservação pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Analista Ambiental do ICMBio desde 2009. Trabalha com fogo desde 2009.

Marco Assis Borges, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

Engenheiro Florestal. Trabalha com fogo desde 2011. É gestor da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins desde 2014.

Referências


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Publicado

2019-05-15