Manejo integrado do fogo e a erradicação de mega-incêndios na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, Jalapão, Brasil

Autores

  • Ana Carolina Sena Barradas Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade , Brasil
  • Marco Assis Borges Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade , Brasil
  • Máximo Menezes Costa Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade , Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.906

Palavras-chave:

Áreas protegidas, cerrado, Gestão do fogo, Manejo integrado do fogo, mega-incêndios

Resumo

Nossa proposta foi demonstrar como diferentes abordagens de gestão do fogo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (EESGT) se relacionam com o tamanho e ocorrência de mega-incêndios nessa unidade de conservação (UC). Realizamos revisão bibliográfica e levantamento de dados institucionais, além da experiência pessoal, visto que todos autores trabalham na EESGT. Identificamos duas abordagens de gestão do fogo: uma voltada para sua exclusão (2001 a 2012) e outra para o manejo integrado do fogo (MIF) (2014 - atual), perpassando por um período de transição e mudança de paradigmas (2012-2014). Verificamos que o período de exclusão do fogo levou ao acúmulo e continuidade de combustível favorecendo a recorrência de grandes incêndios. Evidências disso são os mega-incêndios registrados em 2010, 2012 e 2014 que queimaram, respectivamente, 80.000, 107.000 e 88.000 hectares, cada evento extremo. A EESGT enfrentou o desafio de mudar formalmente paradigmas de gestão ao assumir, em seu Plano de Manejo, aprovado em 2014, a possibilidade de uso do fogo para proteção da biodiversidade. Desde 2015 não são mais registrados mega incêndios na UC, sendo o maior evento recente, em 2019, de apenas três mil hectares. A experiência de adoção do MIF na EESGT revela que é possível reverter cenários de recorrência de grandes incêndios no final da estação seca comuns em UC do Cerrado. A EESGT marca vanguarda na adoção do MIF em UC no Brasil e essa pesquisa colabora para registro do histórico de gestão do fogo em áreas protegidas no país, além de inspirar e subsidiar a revisão de paradigmas tradicionais na conservação e manejo da biodiversidade brasileira.

Biografia do Autor

Ana Carolina Sena Barradas, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade , Brasil

Gestão de Unidades de Conservação; manejo do fogo, gestão de conflitos socioambientais, gestão participativa, termos de compromisso.

Marco Assis Borges, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade , Brasil

Manejo do Fogo, gestão de áreas protegidas

Máximo Menezes Costa, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade , Brasil

Manejo do fogo, geoprocessamento, gestão de áreas protegidas

Referências

BARRADAS, Ana Carolina Sena. 2017. A Gestão do Fogo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, Brasil. Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional em Biodiversidade em Unidades de Conservação, Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

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Publicado

2019-05-15

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