Efeitos da época do ano e histórico do fogo na severidade do fogo na estação ecológica Serra Geral do Tocantins

Autores

  • Allan Deyvid Pereira da Silva Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Brasil
  • Antonio Carlos Batista Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Brasil
  • Marcos Giongo Universidade Federal do Tocantins Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo - CeMAF
  • Daniela Biondi Batista Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Brasil
  • Jader Nunes Cachoeira Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Brasil
  • Micael Moreira Santos Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo - CeMAF

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1176

Palavras-chave:

Incêndios Florestais, queima prescrita, ecologia do fogo

Resumo

A queima prescrita é uma das ações mais importantes dentro de uma extensa rede de planejamento de fatores ecológicos, culturais, socioeconômicos e técnicos que são contemplados no Manejo Integrado e Adaptativo do Fogo. Em uma queima prescrita deve-se buscar sempre a redução dos níveis de severidade do fogo, a fim de preservar ou restaurar o equilíbrio ecológico da área. Neste estudo, o objetivo foi determinar a influência do tempo sem queima da área e da época em que são realizadas as queimas nos níveis de severidade do fogo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins. Foram realizadas queimas prescritas nos meses de maio, junho, agosto e setembro de 2017 e em áreas há dois, três e quatro anos sem queima. Para avaliação da severidade do fogo foram aplicados dois métodos: o método do Minimum Diameter of Burned Branches-MDBB, que consistiu na tomada das medidas do diâmetro dos ramos carbonizados de 10 arbustos de Rourea induta distribuídos em cada parcela, em um total de 48 parcelas, afim de avaliar a capacidade do fogo incidente em consumir o combustível lenhoso dos ramos dos arbustos; e a avaliação visual do nível de consumo dos combustíveis na superfície do solo. De acordo com os dois métodos empregados, os níveis de severidade do fogo foram maiores nas queimas realizadas no mês de setembro e nas áreas que não haviam sido queimadas há três e quatro anos. Os resultados evidenciaram que a carga de combustível a partir do terceiro ano sem queima associada à secagem intensa do material combustível após um longo período de estiagem (setembro), submetido a baixos níveis de umidade do ar, fez com que o fogo que incidiu no ambiente aumentasse a sua capacidade de consumo da biomassa vegetal. Além disso, o conhecimento tradicional difundido na região, que afirma que o combustível há dois anos sem queima não apresenta alta severidade do fogo, foi confirmado neste estudo. As queimas de maio, junho, agosto e setembro nas áreas de dois anos apresentaram valores médios entre 0,10 e 0,16 cm, sendo iguais entre si (p<0,05) e inferiores aos das áreas de três e quatro anos queimadas em setembro, que apresentaram 0,26 e 0,23 cm respectivamente. 

Biografia do Autor

Allan Deyvid Pereira da Silva, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Brasil

Doutorando em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Pesquisador do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo - CeMAF

Antonio Carlos Batista, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Brasil

Doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná, Brasil(1995)
Professor titular da Universidade Federal do Paraná , Brasil

Marcos Giongo, Universidade Federal do Tocantins Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo - CeMAF

Doutorado em Ambiente e Territorio pelo Università degli Studi del Molise, Itália(2011)
Coordenador do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo , Brasil

Daniela Biondi Batista, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Brasil

Doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná, Brasil(1995)
Professor Titular da Universidade Federal do Paraná , Brasil

Jader Nunes Cachoeira, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Brasil

Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais pela Universidade Federal do Tocantins, Brasil(2015)
ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO da Universidade Federal do Tocantins , Brasil

Micael Moreira Santos, Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo - CeMAF

Mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná, Brasil(2019). Pesquisador do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo - CeMAF.

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Publicado

2019-05-15

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