Diagnóstico de espécies potenciais para a composição de cortinas de segurança no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1249Palavras-chave:
Incêndios florestais, inflamabilidade, cortina de segurançaResumo
Na ocorrência de incêndios, uma das técnicas utilizadas para a prevenção e redução de danos aos plantios florestais são as cortinas de segurança, estruturas constituídas de espécies menos inflamáveis que dificultam a propagação do fogo aos plantios principais. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento de espécies potenciais para serem utilizadas como cortina de segurança no Brasil. Para isso, foram identificadas pesquisas que tratassem da avaliação de inflamabilidade de espécies no país, utilizando espécies amplamente cultivadas - e.g. Pinus - como parâmetro. Foram observados três trabalhos dos sobre o tema, que abordaram três metodologias distintas, sendo elas: i. identificação, por meio de fotografias, de espécies menos afetadas em área com ocorrência de incêndio; ii. teste de queima em campo e avaliação do comportamento do fogo (combustibilidade); iii. utilização do epirradiador (inflamabilidade). Por meio da análise do teor de umidade e de material volátil, além do tempo de atraso para ignição apresentado (método i), foram diagnosticadas quatro espécies, destas foram constatadas a baixa inflamabilidade das espécies Vochysia thyrsoidea, Palicourea rigida e Lavoseiera bergii, quando comparadas com Echinolaena inflexa. A queima direta (método ii) totalizou oito espécies analisadas, destacando-se as espécies Mimosa caesalpiniaefolia e Hibuscus como bem-sucedidas no controle do fogo, por apresentarem bom desenvolvimento mesmo em uma região de secas frequentes. Referente a inflamabilidade, dezessete espécies foram estudadas (método iii) demonstrando que as espécies Bougainvillea glabra, Ligustrum lucidum, Psidium cattleianum, Schinus terebinthifolius, Ocotea puberula, Araucaria angustifolia, Cupania vernalis e Luehea divaricata, possuem o potencial de contribuir para a redução da propagação do fogo. Entretanto, por meio do mesmo método, as espécies Magnolia grandiflora e Jasminum mesnyi foram consideradas extremamente inflamáveis, desta forma pouco indicadas para a composição das cortinas de segurança. Pode-se concluir que apesar da baixa inflamabilidade das espécies citadas, ainda são necessários testes complementares para confirmar o potencial destas no uso nas cortinas de segurança. Houve certa dificuldade na obtenção de dados em algumas regiões do Brasil, o sul apresentou maior número de pesquisas relacionadas ao tema, mostrando que o estudo a respeito de espécies potenciais para a composição das cortinas de segurança no país é escasso e pontual.
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