Ameaças e especificidade de ações dos Planos de Ação Nacional para Conservação da Fauna no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v14i1.2306Palavras-chave:
ações de conservação, estratégias de conservação, espécies ameaçadas, política ambiental, plano de ação para espéciesResumo
O aumento das ameaças à biodiversidade e de extinções de espécies está diretamente associado à s atividades antrópicas. O enfrentamento desse problema requer a priorização de ações conservacionistas e os Planos de Ação Nacional para Conservação da Fauna são documentos que sintetizam essas ações. Aqui utilizamos planos de ação nacional (PANs) disponíveis para o Brasil para: 1) categorizar os drivers de ameaças diretas que recaem sobre as espécies de vertebrados contempladas; 2) analisar padrões de frequência de drivers dentre e entre grupos taxonômicos, e categorias de ameaça; 3) analisar a especificidade das ações elaboradas nos PANs; e 4) analisar a influência do tempo decorrido entre a espécie ser asinalada como ameaçada, a ção de um PAN que a contemple, e uma eventual mudança de status de ameaça. Identificamos que o agronegócio e a superexploração de espécies são os drivers que impactam o maior número de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Encontramos nas matrizes de planejamento e nas matrizes de monitoria do primeiro ano de cada PAN um total de 3.747 ações, das quais 30% eram específicas para ameaças identificadas, porém tendenciosas para o driver superexploração. Um grupo de 14 espécies apresentou melhora no status de conservação ao longo do período de listagem de espécies ameaçadas no Brasil, e de implementação dos PANs (1989 - 2020). Eventuais melhoras no status de ameaça podem ser comprometidas pela baixa especificidade das ações propostas nos planos de ação, pelo longo tempo para implementação dessas ações, ou pelos obstáculos que impedem o início e a conclusão das ações.
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