Legalidade das supressões de vegetação indicadas por alertas de desmatamento nas unidades de conservação federais de uso sustentável na Amazônia brasileira

Autores

  • Greicianny dos Santos Rodrigues Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, Brasil
  • Nicola Saverio Holanda Tancredi Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil
  • Joelson Leal de Lima Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil
  • Quêzia Leandro de Moura Guerreiro Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, Brasil
  • Nilton Junior Lopes Rascon Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v14i2.2428

Palavras-chave:

Exploração florestal , sistema DETER, áreas protegidas

Resumo

As unidades de conservação (UCs) representam um esforço para proteger parcelas de ecossistemas. Por isso, qualquer atividade nas UCs de uso sustentável que envolva a supressão de vegetação nativa depende de autorização. O objetivo deste trabalho consistiu em relacionar as atividades legais, objetos de autorizações do ICMBio, aos alertas DETER, de modo a qualificar sua legalidade. Foi feito um levantamento junto ao SEI para classificar os licenciamentos e as autorizações fornecidas pelo ICMBio. A partir dos alertas de desmatamento do sistema, caracterizaram-se os tipos de danos ambientais ocorridos, sua localização e a sua coerência dentro de áreas licenciadas. Entre os anos de 2018 a maio de 2022, o DETER registrou um total de 109.554,45 ha de áreas com alertas para as 16 UCs de uso sustentável, objetos deste estudo. Em relação à coerência existente entre os alertas e a licença recebida por cada unidade, as Reserva Extrativista (RESEX) Tapajós-Arapiuns e as Florestas Nacionais (FLONAs) de Altamira, Jamari, Jacundá, Tapirapé Aquiri e Tapajós apresentaram índices de coerência acima de 90%. As FLONAs de Carajás e Purus, e as RESEXs Ituxí, Mapuá e Verde Para Sempre não registraram alertas dentro de suas áreas licenciadas, inferindo-se que as atividades produtivas no seu interior ainda não foram iniciadas. A qualificação dos alertas valoriza a gestão ambiental nas UCs, devendo ser, inclusive, incorporada nos programas de monitoramento, como o DETER, privilegiando a presença de atividades legalizadas e qualificando o debate do desmatamento na Amazônia.

Biografia do Autor

Nicola Saverio Holanda Tancredi, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil

He holds a degree in Environmental Engineering from the University of the State of Pará (2004), a master's degree in Geology and Geochemistry from the Federal University of Pará (2007) and a doctorate obtained through the Program for the Development of the Humid Tropics of the Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/Universidade Federal do To 2014). He served as Coordinator of Monitoring and Inspection of the National Forest (FLONA) of the Tapajós from December/2008 to January/2010. From February/2010 to February/2019, he headed the Remote Sensing Division of the Amazon Protection System (SIPAM) - Belém Regional Center (CR-BE). Between March/2019 and April/2020 he once again coordinated Environmental Protection at FLONA do Tapajós (ICMBio/FNT). Since May 2020, he has been working in the Regional Management of ICMBio Norte - GR1, working in the Coordination of Protection and Monitoring. In the field of teaching, he was a professor at Instituto Esperança de Ensino Superior in 2007 and 2008, and at Faculdade Metropolitana da Amazônia (FAMAZ) from 2014 to 2017. Member of the Research Group Laboratory of Geotechnologies, Financial and Environmental Education at the University Federal Rural Amazon (LABGEFA/UFRA). He has experience in the area of ​​Geosciences, with emphasis on Geoprocessing, working mainly on the following topics: Monitoring of the Amazon, Hydrogeology, Education and Environmental Management.

 

Quêzia Leandro de Moura Guerreiro, Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, Brasil

Doutora e Mestra em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará (UFPA) em parceria com a Embrapa e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Especialista em Ciências Forenses pelo Centro Universitário do Estado do Pará - CESUPA. Bacharela em Ciências Ambientais pelo CESUPA. Foi professora do CESUPA de 2011 a 2014 e da Faculdade Maurício de Nassau (Uninassau), de 2013 a 2014. Foi Bolsista de Iniciação Científica/CNPq, Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial nível II e Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial nível III, atuando na Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia (CCTE) do MPEG. Foi coordenadora do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental da Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA no biênio 2015-2016. Atualmente é professora do Instituto de Ciência e Tecnologias das Águas da UFOPA. Possui experiência nos temas: solo, educação ambiental, gestão ambiental, gestão de unidades de conservação, manejo de recursos naturais, planejamento urbano e ambiental e gestão turística sustentável.

Nilton Junior Lopes Rascon, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil

Atualmente é Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Aperfeiçoamento profissional em Georreferenciamento de Imóveis Rurais pela UFRA. Mestrado em Modelagem de Crescimento de Planta Pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Tem experiência na área de Manejo Florestal, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, e licenciamento ambiental de empreendimentos minerários em unidades de conservação.

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Publicado

2024-08-08

Edição

Seção

Fluxo contínuo

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