Risco de incêndio em vegetação contígua rodovias de acesso ao complexo industrial e portuário do Pecém/Ceará-Brasil:

estudo de caso

Autores/as

  • Davi Teixeira Gomes Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, Brasil
  • Meiry Sayuri Sakamoto Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, Fortaleza, Ceará/Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1302

Palabras clave:

Incêndios florestais, transporte rodoviário, sensoriamento remoto, Defesa Civil

Resumen

O risco de incêndios está relacionado à quantidade de agentes de ignição disponíveis por fontes humanas e por causas naturais de fogo. A literatura indica, ainda, relação significativa entre a ocorrência de incêndios e a distância da estrada mais próxima. Assim, os incêndios, particularmente aqueles próximos às rodovias, podem gerar distúrbios no tráfego, provocando alterações na demanda e capacidade, reduzindo a velocidade média e, consequentemente, gerando atrasos indesejáveis para os usuários da via, bem como contribuir para ocasionar desastres relacionados a transporte de passageiros e cargas. O presente trabalho apresenta um estudo sobre o risco de incêndios em vegetação em áreas contíguas as principais rodovias de acesso ao complexo industrial e portuário do Pecém, vias de escoamento de matérias primas e produtos. Para o estudo foram considerados trechos das rodovias federais BR-222 e BR-020 e as estaduais CE-085 e a antiga rodovia CE-422, atualmente chamada de CE-155, dentro dos limites dos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, ambos pertencentes à Região Metropolitana de Fortaleza, Estado do Ceará, Litoral Setentrional do Nordeste. Na região observa-se um mosaico variado de paisagens conforme os fatores geoecológicos e climatológicos locais. Observa-se escassez de chuvas, baixa umidade do ar e do solo, forte insolação, elevados índices de evaporação e temperatura, e vulnerabilidade às mudanças climáticas. Foram analisadas estatísticas de registros de focos de calor identificados pelo processamento de imagens de satélite. Para validação dos focos, analisou-se dados atmosféricos de estações meteorológicas de superficie e registros de ocorrências do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará. As análises mostraram que os incêndios florestais e mais de 70% dos focos de calor são identificados no período compreendido entre os meses de setembro e dezembro. O estudo possibilitou o mapeamento das áreas de maior incidência de incêndios, as quais requerem maior atenção da comunidade local e das instituições de combate aos incêndios florestais. Esses resultados são subsídios essenciais para que as instituições responsáveis pela prevenção e combate a incêndios em vegetação, prevenção e mitigação de desastres naturais e tecnológicos e a iniciativa privada elaborem Planos de Auxilio Mútuo em casos de emergências. Palavras-chave: Incêndios florestais; transporte rodoviário; sensoriamento remoto; Defesa Civil

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Publicado

2019-05-15