Os aspectos sociais, emocionais e econômicos como danos secundários do incêndio florestal
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1124Palavras-chave:
Danos secundários, aspectos sociais, aspectos emocionais, aspectos econômicos, incêndio florestal, PantanalResumo
Este estudo objetiva exemplificar os danos secundários causados por incêndios florestais, além de analisar a capacidade que um ecossistema resiliente tem de restabelecer seu equilíbrio. No Brasil, por exemplo, uma das regiões mais afetadas pelo incêndio e, consequentemente, por seus danos secundários é o Pantanal - floresta parcialmente localizada nas cidades de Corumbá, Ladário, Aquidauana e Miranda, em Mato Grosso Sul. Corumbá, já no começo do ano de 2019, liderou o ranking nacional de queimadas, segundo o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. No ano de 2018, houve 2.380 focos de incêndios florestais e em 2017, 7.446 focos. Ao noticiar um incêndio florestal, impulsivamente analisam-se parâmetros físicos (vegetação, clima, relevo, comportamento do fogo etc.), bem como tecnologias e sistemas de prevenção e derrota do fogo. Os aspectos sociais, emocionais e econômicos vêm por desempenhar um papel secundário, porém não menos importante. A fumaça e a fuligem invadem as cidades, impulsionando alguns danos sociais, quais sejam: saúde afetada (infecção pulmonar, asma e até câncer, devido sua inalação, além de ardência nos olhos, sendo necessário uso de máscaras como prevenção); hospitais superlotados; atividades diárias afetadas; escolas com aulas suspensas; tráfego de veículos e navegações prejudicado; desabrigados e desalojados; emocional abalado entre outros. Os danos econômicos, por sua vez, surgem como "efeito colateral" desses danos sociais. Além da necessidade de contratar equipe especializada, fornecer combustível, alimentação, primeiros socorros, embarcações e aeronaves, quando necessário. Existindo incêndio em florestas plantadas, o dano é muito grande: ambiental, perde se uma cadeia produtiva de celulose; e, econômico, perde-se a renda do produtor rural. Tanto a poluição atmosférica quanto a redução da biodiversidade afetam bruscamente um ecossistema resiliente que, como consequência, traz incessantes mudanças de regime, formando um ciclo negativo. Nesse sentido, não se pode ver a comunidade como parte do problema, pois, apesar do fato de que mais de 90% dos incêndios é causado pelo ser humano, este deve ser visto como parte da solução, uma vez promovendo conhecimento, informação e formas de prevenção e combate a incêndios, para que dessa integração se consiga chegar a resultados concretos.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Os autores mantêm os direitos autorais de seus artigos sem restrições, concedendo ao editor direitos de ção não exclusivos.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os artigos estão licenciados sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). O acesso é livre e gratuito para download e leitura, ou seja, é permitido copiar e redistribuir o material em qualquer mídia ou formato.