Perfil dos visitantes na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i2.2286Palavras-chave:
Visitação pública, unidades de conservação, turismoResumo
A Floresta Nacional do Tapajós é uma das unidades de conservação mais visitadas na Região Norte do Brasil e tem como um dos seus objetivos a promoção do turismo de base comunitária. Diante desse contexto, o presente estudo buscou avaliar o perfil dos seus visitantes, além de identificar suas expectativas, experiências, motivações e segmentos turísticos nos quais a visita se enquadra. Para a coleta de dados, foram aplicados 153 questionários de forma presencial entre os
meses de dezembro de 2020 a julho de 2021, com os visitantes nas comunidades de São Domingos, Maguari, Jamaraquá e no Sítio Interpretativo do Terra Rica, localidades essas escolhidas por serem as mais visitadas no ano de 2019. O estudo indicou que a maioria dos participantes são mulheres com faixa etária entre 21 e 30 anos, a renda mensal é superior a três salários mínimos; possuem alto nível de escolaridade e são oriundos, na maioria, dos estados do Pará e São Paulo. Os visitantes estão divididos basicamente entre excursionistas e turistas, e indicam que as experiências que tiveram se
enquadram nos segmentos “ecoturismo” ou “turismo de natureza”; e avaliaram positivamente a visita na unidade de conservação. Além disso, a pesquisa indicou que é necessário promover a melhoria dos serviços turísticos prestados pelas comunidades para uma melhor experiência do visitante e, com isso, contribuir para o aumento da visitação pública na unidade de conservação.
Referências
Alvite CC, Vidal MD, Borreani OHP, Borba ECM. Perfil da visitação na Ilha dos Lençóis, comunidade de pescadores tradicionais, Reserva Extrativista de Cururupu/MA. Revista Brasileira de Ecoturismo, 7(4): 656-680, nov2014-jan2015.
Andrade WJ. 2005. Manejo de trilhas para o ecoturismo. In: Ecoturismo no Brasil, Mendonça R, Neiman Z (orgs.). Manole.
Barros M, Dines M. 2000. Mínimo impacto em áreas naturais: uma mudança de atitude, p.47-84. In: Serrano C (org.). A educação pelas pedras: ecoturismo e educação ambiental. São Paulo: Chronos.
Brasil. 2018. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Instrução Normativa n° 5, de 1 de junho de 2018. Diário Oficial da União.
Burns RC, Moreira JC, Chuprinko TL, Gregory L. Relatório Interno sobre a recreação e uso público na Flona do Tapajós. Universidade de West Virginia (WVU), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). p. 32, 2016.
Campos RF, Vasconcelos FCW, Félix LAG. A Importância da Caracterização dos Visitantes nas Ações de Ecoturismo e Educação Ambiental do Parque Nacional da Serra do Cipó/MG. Turismo em Análise. 22(2): 397-427, 2011.
Costa PC. 2002. Unidades de Conservação: matéria-prima do ecoturismo. Série Turismo. Aleph.
Crotti R, Misrahi T. The Travel & Tourism Competitiveness Report 2015: Growth through Shocks. World Economic Forum: Geneva, Suíça. 2015.
Crotti R, Misrahi T. The Travel & Tourism Competitiveness Report 2017: Paving the way for a more sustainable and inclusive future. World Economic Fórum: Geneva, Suíça. 2017.
Figueiredo SJL, Nobrega W. 2015. Turismo e desenvolvimento regional: conceitos e políticas em um caso brasileiro, p. 11-37. In: Figueiredo SJL, Nobrega W, Azevedo F (orgs.). Perspectivas contemporâneas de análise em turismo. NAEA/UFPA. 376p.
Fonseca JJS. 2002. Metodologia da pesquisa científica. Universidade Estadual do Ceará. 127p.
Garay N, Cunha A. 2017. O perfil ambiental dos visitantes dos Parques Nacionais Brasileiros. In: Anais do Seminário da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo (ANPTUR).
Hamoy JA, Farias KS, Figueiredo SL. 2016. Turismo, desenvolvimento e políticas públicas, p. 421-445. In: Bahia MC, Figueiredo SL (orgs.). Planejamento e gestão pública do turismo e do lazer. NAEA/UFPA, 446p.
Halloway C. 2007. The Business of Tourism, Prentice Hall. Financial Times.
Hintze HC. Ecoturismo na cultura de consumo: possibilidade de educação ambiental ou espetáculo? Revista Brasileira de Ecoturismo, 2(1): 57-100, 2009.
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Diagnóstico do monitoramento do perfil e da qualidade da experiência da visitação em unidades de conservação federais. Brasília, 2021.
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), 2020a. Floresta Nacional do Tapajós-Guia do Visitante. <http://www.icmbio.gov.br/flonatapajos/guia-do-visitante>. Acesso em 06/01/2020.
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), 2020b. Monitoramento da Visitação em Unidades de Conservação Federais: Resultados de 2019 e Breve Panorama Histórico, Brasília.
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Floresta Nacional do Tapajós-Plano de Manejo, v.1. Santarém, 2019.
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Turismo de Base Comunitária em Unidades de Conservação: Princípios e Diretrizes. Brasília, 2018a .
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Roteiro metodológico para elaboração e revisão de planos de manejo das unidades de conservação. Brasília, 2018b.
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Interpretação ambiental nas unidades de conservação federais. Brasília, 2018c.
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Contribuições do Turismo em Unidades de Conservação Federais para a Economia Brasileira – Efeitos dos Gastos dos Visitantes em 2015: Sumário Executivo. Brasília, 2017.
Ladeira AS, Ribeiro GA, Dias HCT, Schaefer CEGR, Filho EF, Filho ATO. O perfil dos visitantes do Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb), Lima Duarte/MG. R. Árvore, 31(6): 1091-1098, 2007.
Lippitt B, McCool S, Zweede M, Brewster L, Couto S, Finchum R, Barborak JR, Moulton K, Moreira J, Burns R. 2020. Parceria para a conservação da biodiversidade na amazônia: relatório final de uso público e planejamento da gestão programa. Brasil, outubro 2014 – junho 2020. 50p.
Lopes Júnior WM, Hanai FY, Ribas LCPS. O perfil dos turistas com destino à Ilha Grande, Angra dos Reis/RJ no verão de 2018. Revista Brasileira de Ecoturismo, 13(3): 534-555, 2020.
Marques V. 2011. Turismo cultural em Guimarães – O perfil e as motivações do visitante. Tese (Mestrado em Patrimônio e Turismo Cultural). Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho. 100p.
Mattos GE. 2012. Ordenamento do turismo de observação de animais em Unidades de Conservação: mamíferos aquáticos no Parque Nacional do Jaú, Amazonas, Brasil. Dissertação (mestrado). 71p.
Moutinho L. 2000. Segmentation, targeting, positioning and strategic marketing, p. 121-166. In: Strategic management in tourism New York: CABI Publishing, L. Moutinho.
MTur (Ministério do Turismo). 2021a. Cresce a partici-pação do Turismo no PIB nacional. <http://www.turismo.gov.br/%C3%BAltimas-not%C3%ADcias/12461-cresceaparticipa%C3%A7%C3%A3o-do-turismo-no-pib-nacional.html>. Acesso em: 30/06 2021.
MTur (Ministério do Turismo). 2021b. Anuário Estatístico de Turismo 2020. 2 ed. Dados & Informações. 412p.
MTur (Ministério do Turismo). Boletim do turismo doméstico brasileiro. Dados e Informações. 2020.
MTur (Ministério do Turismo). Estudo da demanda turística internacional. Brasília, 2018.
MTur (Ministério do Turismo). Plano Nacional do Turismo 2018-2022 mais emprego e renda para o Brasil. Brasília, 2017.
MTur (Ministério do Turismo), Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura). 2010. Perfil do turista de aventura e do ecoturista no Brasil. 96p.
Niefer IA. Análise do perfil dos visitantes das ilhas de Superagüi e do Mel: marketing como instrumento para um turismo sustentável. 2002. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal). Universidade Federal do Paraná. 237f.
Oliveira ECP, Lameira CRB, Bezzera ANS. 2011. Produção sazonal do óleo resina de Copaifera reticulata Ducke no Km 67 da Flona do Tapajós/PA, p. 60-65. In: I Seminário de Pesquisas Científicas da Floresta Nacional do Tapajós. 147p.
Oliveira AP. 2021. Turismo em Unidade de Conser-vação na Amazônia Legal: uma análise a partir do Parque Estadual do Jalapão e da Floresta Nacional do Tapajós. Tese (doutorado), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Departamento de Geografia, 254p.
OMT (Organização Mundial do Turismo). 2001. Introdução ao turismo. 1 ed. Roca.
Petrocchi M. 1998. Turismo: planejamento e gestão. 3ed. Futura. 381p.
Pinheiro CV, Moraes EA. 2016. Turismo de base comunitária: refletindo sobre as relações de hospita-lidade na Serra do Brigadeiro/MG, Brasil, p. 91-106. In: Anais do I Seminário Nacional de Turismo e Cultura. 458p.
Pivoto AS, Alves AF, Rocha MCR. Ecoturismo em áreas protegidas: um olhar sobre o perfil de visitantes do Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Revista GEOgrafias, 26(2): 54-79. 2018.
Prodanov CC, Freitas EC. 2013. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Feevale. 277p.
Ruschmann DM. 2002. Turismo no Brasil: análise e tendências. Manole, 165p.
Sansolo DG, Bursztyn I. 2009. Turismo de base comunitária: potencialidade no espaço rural brasileiro, p. 142-161. In: Bartolo R, Sansolo DG, Bursztyn I (orgs.). Turismo de base comunitária: diversidade de olhares e experiências brasileiras. Letra e Imagem. 495p.
Solvis. Cálculos de amostragem. <https://solvis.com.br/calculos-de-amostragem>. Acesso em: 18/06/2020.
Schluter RG. 2003. Gastronomia e Turismo. Editora Aleph.
Vidal MD, Santos PMC, Oliveira CV, Melo LC. Perfil e Percepção Ambiental dos visitantes do flutuante dos botos, Parque Nacional de Anavilhanas, Novo Airão/AM. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo. 7(3): 419-435, 2013.
Vivalá. Como funciona. <https://vivala.com.br/como-funciona/>. Acesso em: 05/12/2021.
Wearing S, Neil J. 2014. Ecoturismo: impactos, potencialidades e possibilidades. 2 ed. Manole.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Os autores mantêm os direitos autorais de seus artigos sem restrições, concedendo ao editor direitos de publicação não exclusivos.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os artigos estão licenciados sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). O acesso é livre e gratuito para download e leitura, ou seja, é permitido copiar e redistribuir o material em qualquer mídia ou formato.
v3-3-0-3-2-1-8-release.27