Apresentação da avaliação do estado de conservação dos carnívoros

Autores

  • Beatriz de Mello Beisiegel Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio.
  • Ronaldo Gonçalves Morato Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio.
  • Rogério Cunha de Paula Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio.
  • Rose Lilian Gasparini Morato Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio.

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v3i1.409

Palavras-chave:

Conservação dos Carnívoros, Biodiversidade Brasileira

Resumo

Esta seção de Biodiversidade Brasileira apresenta os resultados da avaliação do estado de conservação dos mamíferos carnívoros brasileiros. A Ordem Carnivora presenta uma surpreendente diversidade na América do Sul, com 47 espécies (Prevosti & Soibelzon 2012), das quais 27 ocorrem no Brasil. Os carnívoros brasileiros se distribuem nas famílias Canidae (seis espécies), Felidae (oito espécies), Mustelidae (seis espécies), Procyonidae (cinco espécies) e Mephitidae (duas espécies), apresentando uma grande diversidade de tamanhos corporais, de padrões de dieta e de organizações sociais. De animais terrestres e solitários, que necessitam de imensas áreas para sua sobrevivência, como as onças pintadas (Panthera onca), a espécies arborícolas e sociais como os juparás (Potos flavus), de espécies-símbolo e envolvidas em conflitos com populações humanas devido à predação de animais domésticos, como as próprias onças pintadas, a espécies quase ou totalmente desconhecidas, como as doninhas amazônicas (Mustela africana) e os cachorros vinagre (Speothos venaticus), os carnívoros têm requisitos ecológicos diversos e têm sido pesadamente afetados por ameaças que vão da caça retaliatória e esportiva ao desmatamento e à mortalidade por doenças adquiridas de animais domésticos. Com esta análise, procuramos possibilitar a adoção de medidas de conservação que sejam adequadas à situação das espécies em cada bioma, impedir que as grandes populações presentes na Amazônia e no Pantanal mascarem os graves problemas enfrentados pelas espécies em outros biomas e, também, chamar a atenção para o fato de que mesmo nestes dois biomas mais conservados as populações podem vir a declinar seriamente, dadas as atuais tendências de perda de hábitat nos mesmos.

Referências

Beisiegel, B.M., Sana, D.A. & Moraes Jr., E.A. 2012. Atlantic Forest. Cat News, Special Issue: 7. National Action Plan for Jaguars in Brazil.14-18.

Prevosti, F.J. & Soibelzon, L. 2012. Evolution of the South American carnivores (Mammalia, Carnivora). A paleontological perspective. pp. 102-122 In: Bones, clones, and biomes. The history and geography of recent Neotropical mammals. Patterson, B.D. & Costa, L.P. (eds). Chicago. University Press. 419 p.

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Publicado

10/06/2013

Edição

Seção

Avaliação do estado de conservação das espécies

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