El Rol de los Instrumentos de Gestión en la Conservación Ambiental y en la Protección de los Modos de Vida Tradicionales: Reflexiones a partir de la Trayectoria de la Reserva Extractiva Marina de Pirajubaé

Autores/as

  • Guilherme Tebet UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil
  • Alana Casagrande UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i5.1821

Palabras clave:

Pescadores artesanales, comunidades tradicionales, unidades de conservación

Resumen

Considerando que las reservas extractivas son un tipo especial de unidad de conservación que persigue el doble objetivo de garantizar la conservación ambiental y proteger el modo de vida de las poblaciones tradicionales; que la Reserva Extractiva Pirajubaé fue la primera creada en un ambiente marino, inserta en un contexto socioambiental diferente a las plantaciones de caucho amazónico; y que ha sufrido cambios en el arreglo institucional de gestión, este artículo tiene como objetivo analizar el papel de los instrumentos de gestión en la conservación ambiental y en la protección del modo de vida de la población tradicional de la RESEX Marinha Pirajubaé. Entre los instrumentos de gestión analizados se encuentran las normas para el uso de los recursos, el registro de la población tradicional, el consejo deliberante, entre otros. Se realizó una investigación de campo, bibliográfica y documental. Los resultados se discuten en diálogo con referentes de la cogestión de los recursos naturales y la socioantropología de la pesca. Se observa un bajo poder de decisión a escala local, ya que los instrumentos de gestión no han sido suficientes para prevenir los impactos negativos derivados del proceso de urbanización sobre los ecosistemas locales. En cuanto a la protección de los modos de vida tradicionales, existen dificultades para incorporar las dinámicas socioculturales y económicas de la pesca artesanal en la construcción de algunos instrumentos, generando conflictos que limitan los avances en el diálogo entre el Estado y la comunidad pesquera. La gestión participativa de la RESEX Marinha Pirajubaé puede fortalecerse a través de un mayor compromiso con las demandas socioeconómicas de la comunidad pesquera, aumentando el poder de deliberación a escala local y ampliando la articulación con actores e instituciones asociadas. 

Biografía del autor/a

Guilherme Tebet, UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil

Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2014) com honras ao mérito. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná na linha de pesquisa de Manejo Integrado da Zona Costeira. Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Diretor do Coletivo UC da Ilha, uma entidade não governamental que atua nas áreas legalmente protegidas da Ilha de Santa Catarina e seus arredores desde 2012. É conselheiro da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé. Tem interesse em Pesca Artesanal, Populações Tradicionais, Unidades de Conservação, Territorialidades e Ecologia Política

Alana Casagrande, UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas - Licenciatura (2008) e bacharelado (2012) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestrado em Desenvolvimento Rural PGDR- UFRGS (2012) e doutorado em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2019). Possui experiência com trabalhos de pesquisa, extensão e docência nas áreas da desenvolvimento rural sustentável, extensão rural, agroecologia, agroflorestas, políticas públicas ambientais, educação ambiental, etnoecologia/etnobotânica e gestão de recursos naturais comuns e de áreas protegidas. Tem experiência junto à comunidades urbanas e rurais e junto aos povos e comunidades tradicionais (quilombolas e pescadores artesanais). Atualmente exerce função de professora substituta da área de Meio Ambiente no Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC - Câmpus Garopaba.

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Publicado

01/11/2022

Número

Sección

Manejo Comunitário de Recursos Naturais em Unidades de Conservação