Editorial sobre a quinta edição de Biodiversidade Brasileira

Autores/as

  • Katia Torres Ribeiro ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v3i1.410

Palabras clave:

Biodiversidade Brasileira

Resumen

A 5ª edição de Biodiversidade Brasileira traz os resultados do processo de avaliação das seis espécies de crocodilianos e 28 de carnívoros (famílias Canidae, Felidae, Mustelidae, Procyonidae e Mephitidae) que ocorrem no Brasil, em duas seções, realizadas coletivamente pelos pesquisadores especialistas de cada grupo. As apresentações de cada seção trazem informações sobre o processo de avaliação e uma síntese em relação às avaliações anteriores do mesmo conjunto de espécies. São informações valiosas para que fiquem explícitos os dados utilizados para proposição da categoria de ameaça em que se inserem as espécies e para subsídio a ações diversas de conservação a partir de um olhar mais abrangente sobre cada táxon. As ategorias propostas, de acordo com a IUCN (International Union for the Conservation of Nature), emergem das análises técnicas, cujos resultados serão levados à CONABIO – Comissão Nacional de Biodiversidade, responsável pela atualização da lista oficial de espécies ameaçadas do Brasil. Uma busca rápida na internet pelo onipresente Google, com as palavras “jacaré” e “poema”, traz 513 mil resultados. Substituindo “jacaré” por “onça” têm-se 334 mil resultados. Por que poema? Porque poemas trazem uma expressão muito espontânea das pessoas. São números que ilustram a extensão do significado simbólico destes animais no imaginário brasileiro (e demais países de língua portuguesa, já que a busca não é restrita ao Brasil) e revelam um pouco mais da importância para a sociedade de se garantir a preservação destas espécies, para além do compromisso ético com a diversidade da vida. Trata-se da última edição de Biodiversidade Brasileira com este tipo de conteúdo, porque os grupos seguintes com dados ainda não publicados acerca de seus estados de conservação contêm muitas espécies ainda pouco estudadas, e que não justificam artigos individualizados sobre cada análise. Além disso, por uma questão de necessária agilidade perante os grandes números – 10 mil espécies a serem avaliadas até 2014 -, a validação das avaliações não se dará mais por meio do tradicional processo editorial, e sim em oficinas, e os resultados serão publicados em documentos técnicos. Assim sendo, a seção temática Estado de Conservação das Espécies receberá, de forma independente, artigos de síntese, analíticos ou metodológicos sobre o processo de avaliação do estado de das espécies, sejam experiências brasileiras ou estrangeiras. Biodiversidade Brasileira fortalecerá, portanto, seu papel de apoio à discussão sobre gestão e manejo das espécies e das áreas protegidas, com temas diversos, sempre reunidos na forma de seção/ números temáticos, de modo a se promover uma visão ampla e aprofundada de cada tema a cada momento, favorecendo, ainda, o diálogo entre pesquisadores e gestores, o que é uma característica distintiva desta revista. Katia Torres Ribeiro Editora-chefe

Publicado

30/06/2013

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