Envolvimento comunitário no controle de uma planta exótica invasora na Serra do Cipó, Minas Gerais

Autores

  • Daniela Campos De Filippo Bióloga, Mestre Profissional em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ)
  • Katia Torres Ribeiro Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio. Coordenação Geral de Pesquisa e Monitoramento/CGPEQ, DIBIO, Brasilia-DF

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v4i1.361

Palavras-chave:

Cerrado, participação, ; pertencimento, unidade de conservação

Resumo

Como sensibilizar as pessoas para dialogar e participar de ações para a conservação em uma área protegida? Reportamos a experiência de mobilização no Parque Nacional da Serra do Cipó e Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira em torno do controle do capim-braquiária, planta de origem africana considerada boa forrageira, mas que se alastra pelo país, ameaçando principalmente a diversidade e usos tradicionais do bioma Cerrado. O controle desta planta sem reduzir sua importância para criadores de gado foi o ponto central do projeto Cipó Vivo e a partir desta discussão, gestores do parque, pesquisadores, moradores, estudantes e voluntários foram envolvidos, trazendo-os para experiências e intervenções agradáveis, com convite a reconhecimento da vegetação preservada, debates sobre problemas, dificuldades e soluções e observação da efetividade das ações de gestão cotidianas, ou seja, criando uma comunidade de aprendizado.

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Publicado

13/05/2014

Edição

Seção

Pesquisa e manejo de Unidades de Conservação