Buscando soluções sustentáveis para áreas úmidas savânicas florestadas brasileiras via uso múltiplo

Autores

  • Eliana Paixão Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade/ PPG – ECB, Universidade Federal de Mato Grosso/ UFMT, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas/ INCT-INAU.
  • Erica Cezarine Arruda Universidade de Cuiabá/UNIC, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas/ INCT-INAU
  • Wolfgang Junk Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas/ INCT-INAU
  • Cátia Nunes da Cunha Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT, Instituto de Biociências/IB, Departamento de Botânica e Ecologia, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas/INCT-INAU. Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367, Boa Esperança, Cuiabá/MT, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i2.775

Palavras-chave:

Manejo sustentável de áreas úmidas, savanas brasileiras, sustentabilidade, uso racional

Resumo

As áreas úmidas savânicas desempenham múltiplos serviços e produtos ambientais, portanto seu uso múltiplo deve ser incentivado. No Brasil as áreas úmidas savânicas se encontram no Pantanal, Rio Araguaia (Ilha do Bananal), Rio Guaporé e nos lavrados de Roraima. O Brasil, como signatário da Convenção Ramsar, deve compatibilizar suas políticas públicas, através do reconhecimento dos múltiplos valores das áreas úmidas, alcançando assim o uso racional dos seus recursos e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. No Brasil, áreas úmidas savânicas não são contempladas na legislação especifica e a orientação de seu manejo uma vez reconhecida como área de uso restrito deverá atender aos princípios das Convenções Ramsar e da Diversidade Biológica. Frente as demandas por produtos florestais madeireiros e não-madeireiros fornecidos pelas áreas úmidas savânicas a adoção de planos de manejo diferenciados é necessária. Esta abordagem propõe formas de manejo ecologicamente benéficas, incorporando valores adicionais ao uso da terra e às formações florestais, além do valor comercial dos recursos madeireiros. O uso múltiplo em áreas úmidas é o tipo de manejo integrado e planejado, onde os vários usos dos recursos, devem estar interligados tornando-se uma estratégia viável para prolongar a disponibilidade dos recursos, o uso viável da terra e manter as características ecológicas desses ambientes. As principais vantagens do manejo de uso múltiplo são: uso diversificado dos recursos naturais, aumento do rendimento de produtos e serviços, desenvolvimento da produtividade florestal, envolvimento das partes interessadas na obtenção de benefícios de recursos naturais, diminuição dos conflitos sociais e degradação dos recursos florestais, o incentivo à manutenção de áreas florestadas e a proteção de sua biodiversidade, entre outros. Modelos de uso múltiplo para as áreas úmidas savânicas florestadas devem considerar seus valores múltiplos e suas interdependências, baseando-se principalmente nos princípios da sustentabilidade, sobretudo no uso integrado de recursos florestais madeireiros e não madeireiros. O conhecimento sobre as savanas florestadas de áreas úmidas e seu uso potencial devem ser divulgados e incentivados, para que seu uso seja realizado de forma sustentável garantindo seu aproveitamento por futuras gerações.

Referências

Adade, R.; Nyarko, B.K.; Aheto, D.W. & Osei, K.N. 2017. Fragmentation of wetlands in the south eastern coastal savanna of Ghana. Regional Studies in Marine Science, 12: 40-48.

Alho, C.J.R. 2008. Biodiversity of the Pantanal: response to seasonal flooding regime and to environmental degradation. Brazilian Journal of Biology, 68: 957-966.

Alho, C.J.R. 2011. Biodiversity of the Pantanal: its magnitude, human occupation, environmental threats and challenges for conservation. Brazilian Journal of Biology, 71: 229-232.

Alho, C.J.R. & Sabino, J. 2011. A conservation agenda for the Pantanal’s biodiversity. Brazilian Journal of Biology, 71: 327-335. Almeida, I.M. & Resende, E.K. 2012. Alimentação dos peixes detritívoros da Baía Tuiuiú, Rio Paraguai, Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento – EMBRAPA. Corumbá, Embrapa Pantanal. Comunicado Técnico 115. 19p.

Arieira, J. & Nunes da Cunha, C. 2006. Fitossociologia de uma floresta inundável monodominante de Vochysia divergens Pohl (Vochysiaceae), no Pantanal Norte, MT, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 20: 569-580.

Arruda, E.C.; Paixão, E.; Pinheiro da Silva, C.M.V. & Nunes da Cunha, C. 2017. Understory of the seasonally flooded brevi-semideciduous Vochysia divergens forest, Pantanal, Brazil. In: Soares, M.A. & Jardim, M.A.G. (orgs.). Natural Resources in Wetlands: from Pantanal to Amazonia. 288p.

Barbosa, R.I. & Fearnside, P.M. 2005. Fire frequency and area burned in the Roraima savannas of Brazilian Amazonia. Forest Ecology anda Management, 204: 371-384.

Barbosa, R.I. & Miranda, I.S. 2004. Fitofisionomias e diversidade vegetal das Savanas de Roraima. In: Barbosa, R.I.; Xaud, H.A.M. & Souza, J.M.C. (orgs.). Savanas de Roraima: Etnoecologia, Biodiversidade e Potencialidades Agrossilvipastoris. FEMACT. 202p.

Barbosa, R.I.; Nascimento, S.P.; Amorim, P.A.F. & Silva, R.F. 2005. Notas sobre a composição arbóreo arbustiva de uma fisionomia das savanas de Roraima, Amazônia Brasileira. Acta Botanica Brasilica, 19: 323-329.

Barbosa, R.I.; Campos, C.; Pinto, F. & Fearnside, P.M. 2007. The “Lavrados” of Roraima: biodiversity and conservation of Brazil’s amazonian savannas. Funct Ecosyst Communities, 1: 29-41.

Barbosa, D.C.F.; Marimon, B.S.; Lenza, E.; Marimon-Junior, B.H.; Oliveira, E.A. & Maracahipes, L. 2011. Estrutura da vegetação lenhosa em dois fragmentos naturais de florestas inundáveis (impucas) no parque Estadual do Araguaia, Mato Grosso. Rev. Árvore, 35: 457-471.

Barletta, M.; Cussa, V.E.; Agostinho, A.A.; Baigún, C.; Okada, E.K.; Catella, A.C.; Fontoura, N.F.; Pompeu, P.S.; Jiménez-Segura, L.F.; Batista, V.S.; Lasso, C.A.; Taphorn, D. & Fabré, N.N. 2016. Fisheries ecology in South American river basins. In: Craig, J.F. (org.). Freshwater Fisheries Ecology, 918p.

Bassi, N.; Kumar, M.D.; Sharma, A. & Pardha-Saradhi, P. 2014. Status of wetlands in India: A review of extent, ecosystem benefits, threats and management strategies. Journal of Hydroloy: Regional Studies, 2: 1-19.

Bisaggio, E.L.; Alves, S.L.; Costa, C.; Júnior, S.; Henrique, C. & Rocha, B. 2013. Búfalos Ferais (Bubalus bubalis) em Áreas Protegidas: um estudo de caso na Reserva Biológica do Guaporé, RO. Biodiversidade Brasileira, 3: 243-260.

Bortolotto, I.M.; Mello Amorozo, M.C.; Guarim-Neto, G.; Oldeland, J. & Damasceno-Junior, G.A. 2015. Knowledge and use of wild edible plants in rural communities along Paraguay River, Pantanal, Brazil. J. Ethnobiol. Ethnomed., 11: 46.

Bortolotto, I.M.; Hiane, P.A.; Ishii, I.H.; Souza, P.R.; Campos, R.P.; Gomes, R.J.B.; Farias, C.S.; Leme, F.M.; Oliveira Arruda, R.C.; Corrêa da Costa, L.B. & Damasceno-Junior, G.A. 2017. A knowledge network to promote the use and valorization of wild food plants in the Pantanal and Cerrado, Brazil. Reg. Environ. Chang., 17: 1329-1341.

Brasil, 2012. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2012. (Acesso em 22/01/2018).

Brito, E.R.; Martins, S.V.; De Oliveira Filho, A.T.; Silva, E. & Da Silva, A.F. 2006. Phytosociological structure of a natural fragment of floodplain forest in area of irrigated rice cultivation, municipal district of Lagoa da Confusão, Tocantins. Brazil. Rev. Árvore, 30: 829-836.

Brito, C.F.P.; Martins, I.C.M. & Martins, A.K.E. 2007. Avaliação multitemporal da regeneração dos fragmentos florestais naturais ipucas, Lagoa da Confusão-TO, p.: 2365-2372. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Florianópolis. Anais. INPE.

Calheiros, D.F.; Arndt, E.; Rodriguez, E.O. & Silva, M.C. 2009. Influências de usinas hidrelétricas no funcionamento hidroecológico do Pantanal Mato-Grossense: Recomendações. Série Doc. – EMBRAPA Pantanal. 21p.

Carniello, M.A.; Guarim-Neto, G.; Santos Guarim, V.L.M.; Figueiredo, Z.N. & Amorozo, M.C.M. 2011. Traditional use of vegetation for cattle-raising in the Pantanal on the Brazilian-Bolivian border. In: Junk, W.J.; Da Silva, C.; Nunes da Cunha, C. & Wantzen, K.M. (orgs.). The Pantanal: Ecology, Biodiversity and Sustainable Management of a Large Neotropical Seasonal Wetland. 870p.

Carvalho, T.M.; Carvalho, C.M. & Morais, R.P. 2016. Fisiografia da Paisagem e Aspectos Biogeomorfológicos do Lavrado, Roraima, Brasil. Rev. Bras. Geomorfol., 17: 93-107.

Catella, A.C.; Campos, F.L.R. & Albuquerque, S.P. 2016. Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul SCPESCA/MS – 22 - 2015. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento – EMBRAPA. EMBRAPA Pantanal. Comunicado Técnico, 131. 56p.

Junk, W.J.; Nunes da Cunha, C.; Wantzen, K.M.; Petermann, P.; Strüssmann, C.; Marques, M.I. & Adis, J. 2006. Biodiversity and its conservation in the Pantanal of Mato Grosso, Brazil. Aquat. Sci., 68: 278-309.

Junk, W.J.; Piedade, M.T.F.; Schöngart, J.; Wittmann, F. & Parolin, P. 2010. Amazonian Floodplain Forests: Ecophysiology, Biodiversity and Sustainable Management. Springer Dordrecht Heidelberg. 634p.

Junk, W.J. & Nunes da Cunha, C. 2012. Pasture clearing from invasive woody plants in the Pantanal: a tool for sustainable management or environmental destruction? Wetl. Ecol. Manag., 20: 111-122.

Junk, W.J. 2013. Current state of knowledge regarding South America wetlands and their future under global climate change. Aquat. Sci., 75: 113-131.

Junk, W.J.; An, S.; Finlayson, C.M.; Gopal, B.; Kvet, J.; Mitchell, S.A.; Mitsch, W.J. & Robarts, R.D. 2013. Current state of knowledge regarding the world’s wetlands and their future under global climate change: a synthesis. Aquat. Sci., 75: 151-167.

Junk, W.J.; Piedade, M.T.F.; Lourival, R.; Wittmann, F.; Kandus, P.; Lacerda, L.D.; Bozelli, R.L.; Esteves, F.A.; Nunes da Cunha, C.; Maltchik, L.; Schöngart, J.; Schaeffer-Novelli, Y. & Agostinho, A.A. 2014a. Brazilian wetlands: their definition, delineation, and classification for research, sustainable management, and protection. Aquat. Conserv. Mar. Freshw. Ecosyst., 24: 5-22.

Junk, W.J.; Piedade, M.T.F.; Lourival, R.; Wittmann, F.; Kandus, P.; Lacerda, L.D.; Bozelli, R.L.; Esteves, F.A.; Nunes da Cunha, C.; Maltchik, L.; Schöngart, J.; Schaeffer-Novelli, Y.; Agostinho, A.A.; Nóbrega, R.L.B. & Camargo, E. 2014b. Definição e Classificação das Áreas Úmidas (AUs) Brasileiras: Base Científica para uma Nova Política de Proteção e Manejo Sustentável. In: Nunes da Cunha, C.; Piedade, M.T.F. & Junk, W.J. (orgs.). Classificação e Delineamento das Áreas Úmidas Brasileiras e de seus Macrohabitats. EdUFMT. 156p.

Junk, W.J.; Piedade, M.T.F.; Schöngart, J. & Wittmann, F. 2014c. A Classificação dos Macrohabitats das Várzeas Amazônicas. In: Nunes da Cunha, C.; Piedade M.T.F. & Junk, W.J. (orgs.): Classificação e Delineamento das Áreas Úmidas Brasileiras e de seus Macrohabitats. EdUFMT. 156p.

Junk, W.J.; Wittmann, F.; Schöngart, J. & Piedade, M.T.F. 2015: A classification of the major habitats of Amazonian black-water river floodplains and a comparison with their white-water counterparts. Wetlands Ecology and Management, 23(4): 677-693.

Junk, W.J. & Nunes da Cunha, C. 2016. The Pantanal: A Brief Review of its Ecology, Biodiversity, and Protection Status. In: Finlayson, C.M.; Milton, R.; Prentice, C. & Davidson, N. (orgs.). The Wetland Book II: Distribution, Description and Conservation.

Springer. 800p. Junk, W.J. 2017. Ecoturismo: uma opção de manejo sustentável para o Pantanal? In: Irigaray, C.T.J.H.; Braun, A. & Irigaray, M. (orgs.). Pantanal Legal: a Tutela Jurídica das Áreas Úmidas e do Pantanal Matogrossense. 152p.

Keddy, P.A.; Fraser, L.H.; Solomeshch, A.I.; Junk, W.J.; Campbell, D.R.; Arroyo, M.T.K. & Alho, C.J.R. 2009. Wet and Wonderful: The World’s Largest Wetlands Are Conservation Priorities. Bioscience, 59: 39-51.

Lamsal, P.; Atreya, K.; Pant, K.P. & Kumar, L. 2017. Wetland Science. In: Prusty, B.A.K.; Chandra, R. & Azeez, P.A. (orgs.). Wetland Science: Perspective from South Asia. 586p

Schmeda-Hirschmann, G.; Quispe, C.; Theoduloz, C.; Sousa-Junior.; P.T. & Parizotto, C. 2014. Antiproliferative activity and new argininyl bufadienolide esters from the “cururú” toad Rhinella (Bufo) schneideri. J. Ethnopharmacol, 155: 1076-1085. Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA – MT). 2016. Relatório Áreas Úmidas do Estado de Mato Grosso. Relatório Técnico. 24p.

Silva, F.H.B.; Arieira, J.; Parolin, P.; Nunes da Cunha, C. & Junk, W.J. 2016. Shrub encroachment influences herbaceous communities in flooded grasslands of a neotropical savanna wetland. Appl. Veg. Sci., 19: 391-400.

Siqueira, J.T.; Batistela, E.; Pereira, M.P.; Silva, V.C.; Sousa Junior, P.T.; Andrade, C.M.B.; Kawashita, N.H.; Bertolini, G.L. & Baviera, A.M. 2016. Combretum lanceolatum flowers ethanol extract inhibits hepatic gluconeogenesis: an in vivo mechanism study. Pharm. Biol., 54: 1671-1679.

Soares, J.J.; Oliveira, A.K.M. & De Oliveira, A.K. 2009. The “Paratudal” at the Pantanal de Miranda – Corumbá-Ms, Brazil. Rev. Árvore, 33: 339-347.

Tiéga, A. 2011. Ramsar convention on wetlands: 40 years of biodiversity conservation and wise use. J. Int. Wildl. Law Policy, 14: 173-175. Tortato, F.R. & Izzo, T.J. 2017. Advances and barriers to the development of jaguar-tourism in the Brazilian Pantanal. Perspect. Ecol. Conserv., 15: 61-63.

Tortato, F.R.; Izzo, T.J.; Hoogesteijn, R. & Peres, C.A. 2017. The numbers of the beast: Valuation of jaguar (Panthera onca) tourism and cattle depredation in the Brazilian Pantanal. Glob. Ecol. Conserv., 11: 106-114.

Turner, R.K.; van den Bergh, J.C.J.M.; Barendregt, A.; van der Straaten, J.; Maltby, E. & van Ierland, E.C. 2000. Ecological-economic analysis of wetlands: Scientific integration for management and policy. Ecol. Econ., 35: 7-23.

Urbanetz, C.; Jorge, M.H.A.; Marconcini, J.M. & Galvani, F. 2016. Protocolos de superação de dormência física e condicionamento de sementes de bocaiuva para pequenos produtores. Boletim de pesquisa e desenvolvimento – EMBRAPA. EMBRAPA Pantanal. Comunicado Técnico. 143. 14p. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Buscando Soluções Sustentáveis para Áreas Úmidas Savânicas Brasileiras via Uso Múltiplo 33

Wantzen, K.M.; Nunes da Cunha, C.; Junk, W.J.; Girard, P.; Rossetto, O.C.; Penha, J.M.; Couto, E.G.; Becker, M.; Priante, G.; Tomas, W.M.; Santos, S.A.; Marta, J.; Domingos, I.; Sonoda, F.; Curvo, M. & Callil, C. 2008. Towards a sustainable management concept for ecosystem services of the Pantanal wetland. Ecohydrol. Hydrobiol., 8: 115-138. World Wide Fund for Nature (WWF – Brasil), Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Fundação Tuiuiú. 2017. Monitoramento da Cobertura Vegetal e Uso do Solo da Bacia do Alto Paraguai – 2016. Relatório Técnico. 33p.

Zimmermann, A.; Walpole, M.J. & Leader-Williams, N. 2005. Cattle ranchers’ attitudes to conflicts with jaguar Panthera onca in the Pantanal of Brazil. Oryx, 39: 406-41.

Downloads

Publicado

13/08/2019

Edição

Seção

Diagnóstico e manejo de áreas úmidas em áreas protegidas

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)