Aspectos sazonais de um índice de risco de incêndios florestais na região norte do Brasil por meio de dados meteorológicos

Autores

  • Mayara Barbosa Lima Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Brasil
  • Gabriel Brito Costa Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Brasil
  • Waldeir dos Santos Pereira Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Brasil
  • Duany Thainara Corrêa da Silva Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Brasil
  • Letícia Victória dos Santos Matias Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Brasil
  • Ana Caroline da Silva Macambira Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Brasil
  • Marcelo de Almeida Heidemann Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Brasil
  • Natan Barbosa Almada Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v11i4.1781

Palavras-chave:

Fórmula de Monte Alegre , precipitação, queimadas

Resumo

Este estudo se propõe a avaliar a sazonalidade de um índice de risco de incêndios florestais em estados situados na região Norte, em relação ao perigo meteorológico com base nos dados de umidade relativa do ar e precipitação, utilizando a Fórmula de Monte Alegre (FMA). Foram avaliadas 39 das 41 estações meteorológicas convencionais disponíveis. Por não apresentarem registro de dados desde 1978, duas estações foram descartadas. A série temporal analisada foi de 37 anos e 6 meses (de janeiro de 1978 a junho de 2016) para dados horários e diários. Os arquivos foram baixados, convertidos em formato txt, organizados e compilados por meio do software R estatística para o cálculo do índice de perigo de incêndio, por meio da Fórmula de Monte Alegre. Os resultados indicam uma grande sazonalidade do risco de incêndio nos estados estudados, com a variabilidade do Índice de Monte Alegre (IMA) associada com os totais pluviométricos, índices de umidade relativa, tipos climáticos e fisionomias vegetais dominantes nos municípios, sendo possível indicar os meses em que os riscos de incêndio nas localidades apontam risco "Alto" e "Muito Alto" dentro das escalas de risco propostas pela FMA. 

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Publicado

2021-11-10

Edição

Seção

Análise de Componentes do Sistema Climático e a Biodiversidade no Brasil

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