O Paraíso é para todos? Diagnóstico sobre acessibilidade para pessoas com deficiência em unidades de conservação federais

Autores

  • Ricardo Gonzales Souza Instituto Novo Ser; Pós Graduação Biodiversidade em Unidades de Conservação, Escola Nacional de Botânica Tropical - ENBT-JBRJ.
  • Katia Torres Ribeiro ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v11i3.1906

Palavras-chave:

Áreas protegida, barreiras de acessibilidade, inclusão social, planejamento do uso público, saúde integral

Resumo

 As unidades de conservação (UCs), além da conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, proporcionam significativa conexão das pessoas com a natureza, com inúmeros benefícios de caráter social, cultural, espiritual e para a saúde física e mental. O uso público nas UCs promove ampla gama de desafios, que se agudizam no caso da acessibilidade e inclusão das pessoas com alguma deficiência, que correspondem a quase ¼ da população brasileira, ou 6,7% com deficiência mais severa. Trazemos um diagnóstico sobre acessibilidade em parques e florestas nacionais do Brasil, categorias cujos objetivos de gestão ressaltam o uso público e que contam, na esfera federal, com dados recentes sobre condições para o turismo. Foram obtidas 70 respostas aos questionários enviados a equipes de 140 UCs, e foram entrevistados 19 usuários com demandas de acessibilidade. Os resultados foram comparados com os dados de condições para a visitação perante o rol de oportunidades de uso público. A existência de iniciativas tem relação direta com o número total de visitantes, bem como com o grau de implementação do uso público. Alguma iniciativa de acessibilidade foi reportada por 36% das UCs com respostas, sendo muitas vezes derivadas de demanda local, nem sempre previstas em plano de manejo ou uso público. Foram informadas experiências bem-sucedidas que mostram ampla gama de possibilidades e alternativas práticas e viáveis para viabilizar a acessibilidade, e mesmo com as dificuldades atuais, os usuários valorizaram as visitas realizadas. Com ações avulsas e relacionadas a atitudes mais pessoais, ficou clara a premência de institucionalização do tema nos órgãos gestores das UCs, promovendo diretrizes e fomento específico. 

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Publicado

2021-12-16

Edição

Seção

Fluxo contínuo

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