Diagnóstico e controle de espécies exóticas invasoras em áreas protegidas
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v3i2.425Resumen
Trazemos, neste sexto número de Biodiversidade Brasileira, 17 artigos que tratam de espécies exóticas invasoras em áreas protegidas. O objetivo desta compilação é consolidar informações, registrar experiências de manejo e fomentar o debate e a tomada de decisão visando conservar a biodiversidade nessas áreas. Manejar espécies exóticas é proteger os ecossistemas nativos, com suas funções e diversidade, o que é essencial no caso de unidades de conservação e outras áreas protegidas. Entretanto, em termos geopolíticos e de ações estratégicas em nível nacional, o manejo proporciona também a proteção de lavouras e da saúde humana, uma vez que mesmo os sistemas antropizados persistem como sistemas ecológicos e estão sujeitos a processos análogos aos que ocorrem nos locais mais preservados. Em diferentes graus, todos estes sistemas estão fortemente afetados pela degradação de processos ecológicos e pela homogeneização biológica. A dinâmica de chegada de espécies exóticas ocasionada pelo intenso transporte de bens e pessoas oriundos de todos os cantos do planeta, aumenta a chance de introdução de espécies invasoras. Associado a isso está a alteração acelerada dos ecossistemas, o que facilita ainda mais o estabelecimento de invasoras. Além da constante introdução e estabelecimento de novas invasoras, há as invasoras já estabelecidas e amplamente disseminadas que são de difícil controle como javalis, búfalos, capins africanos e pinheiros, e centenas de outras com impactos mais ou menos perceptíveis ou percebidos. Se há alguns anos havia a expectativa do controle efetivo e erradicação de espécies exóticas em áreas protegidas, atualmente as palavras mais frequentes são prevenção, convivência e manejo adaptativo. O editorial traz breve apresentação do conteúdo do número temático, com que esperamos contribuir significativamente com o reposicionamento das exóticas invasoras no leque de desafios centrais de manejo das unidades de conservação.
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