Variabilidade Genética de Fragmentos Naturais de Luehea divaricata Mart. & Zucc. no Bioma Mata Atlântica

Autores

  • Karol Buuron Silva Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Núcleo de Biotecnologia e Melhoramento, Santa Maria/RS, Brasil. CEP: 97105-900 https://orcid.org/0000-0003-2174-2663
  • Lia Rejane Silveira Reiniger Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Núcleo de Biotecnologia e Melhoramento, Santa Maria/RS, Brasil. CEP: 97105-900 https://orcid.org/0000-0002-3243-671X
  • Caetano Miguel Lemos Serrote Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Núcleo de Biotecnologia e Melhoramento, Santa Maria/RS, Brasil. CEP: 97105-900 https://orcid.org/0000-0002-0275-2201
  • Silvia Machado dos Santos Rabaiolli Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Núcleo de Biotecnologia e Melhoramento, Santa Maria/RS, Brasil. CEP: 97105-900
  • Valdir Marcos Stefenon Universidade Federal do Pampa, São Gabriel/RS, Brasil. CEP: 97300-000 https://orcid.org/0000-0003-1091-700X
  • Leonardo Severo da Costa Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Núcleo de Biotecnologia e Melhoramento, Santa Maria/RS, Brasil. CEP: 97105-900
  • Ana Cristina da Fonseca Ziegler Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Núcleo de Biotecnologia e Melhoramento, Santa Maria/RS, Brasil. CEP: 97105-900

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v11i4.1837

Palavras-chave:

Erosão genética, fluxo gênico, germoplasma, reabilitação de áreas degradadas

Resumo

No presente estudo foram usados marcadores microssatélites para estimar a variabilidade genética em três fragmentos naturais de Luehea divaricata Mart. & Zucc. localizados em municípios do estado do Rio Grande do Sul no bioma Mata Atlântica, visando identificar seu potencial para coletas de germoplasma para uso em programas de reabilitação de áreas degradadas. Com auxílio do software GenAlEx v. 6.5, foram estimados parâmetros da variabilidade genética e sua partição entre e dentro dos fragmentos analisados. Foi observada uma maior variabilidade genética dentro dos fragmentos (77%), o que é esperado para espécies cuja reprodução é predominantemente por cruzamentos e estimado um fluxo gênico superior a 1 (Nm= 3,853), o que é suficiente para homogeneizar as frequências alélicas e tornar os fragmentos similares geneticamente. Em decorrência do elevado fluxo gênico entre os fragmentos, o índice de estruturação genética foi baixo (FST = 0,072), o que os torna menos suscetíveis aos efeitos adversos da fragmentação. Dessa forma, constatamos que há variabilidade genética nos fragmentos de L. divaricata estudados, informação relevante para o planejamento de programas de recuperação de áreas degradadas, em cujas coletas de germoplasma deverá ser priorizado o número de indivíduos por fragmento. 

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Publicado

10/11/2021

Edição

Seção

Análise de Componentes do Sistema Climático e a Biodiversidade no Brasil

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