Interferência humana no estabelecimento e distribuição de Furcraea foetida (L.) Haw (Agavaceae) na Praia Mole, Ilha de Santa Catarina, Brasil:

Authors

  • Ariana Sousa de Morae Sarmento Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC
  • Cristiana Barbosa Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC
  • Tânia Tarabini Castellani Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC
  • Natalia Hanazaki Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v3i2.325

Keywords:

biological invasion, coastal environments, restinga, use of resources

Abstract

Furcraea foetida is a specie with an invasion history in sandy soils of coastal environments.
In Brazil, it is considered an exotic invasive species and occurs in various regions of the Island of Santa
Catarina. This study aims to determine whether there was human interference in the species establishment
and distribution and to characterize the historical use of the species in Praia Mole, Florianopolis, SC. We
conducted 25 semi-structured interviews using visual stimulus with locals or regulars in the region who have
experienced or heard about experiences on the species’ use. Interviewees described the use of all plant
parts, although nowadays, its use is restricted to ornamentation. One can infer that the local community interferes on the establishment and distribution of the species. However, this occurs mainly through harvest
and use. Studies about the relationship between local human population with the environment are essential
for planning the management of exotic invasive species

Author Biographies

Ariana Sousa de Morae Sarmento, Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC

Graduanda em Ciências Biológicas. Tem experiência na área de Ecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Etnobiologia, Ecologia Humana, conservação, invasão biológica e Educação Ambiental.

Cristiana Barbosa, Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC

Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Departamento de Ecologia e Zoologia/ECZ. Atuando na área de invasão biológica em ambientes costeiros, com ênfase em estudos de demografia e genética de populações de espécie vegetal com estratégia reprodutiva exclusivamente clonal.

Tânia Tarabini Castellani, Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC

Departamento de Ecologia e Zoologia/ECZ, Laboratório de Ecologia Vegetal/LEV. Tem experiência na área de Ecologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: duna frontal, dinâmica de praia, Dinâmica de populações, Ipomoea pes-caprae.

Natalia Hanazaki, Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC

Departamento de Ecologia e Zoologia/ECZ, Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica/LEHE. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia humana, etnoecologia, etnobiologia, etnobotânica e conservação.

References

Albuquerque, U.P. et al. 2008. Métodos e técnicas na pesquisa etnobotânica. 2.ed. Recife, Comunigraf Editora (NUPEEA), 560p.

Amorozo, M.C.deM. & Viertler, R.B. 2008. A abordagem qualitativa na coleta e análise de dados etnobotânicos, p. 73-91. In: Albuquerque, U.P. et al. Métodos e Técnicas na Pesquisa Etnobotânica. 2. ed. Comunigraf Editora (NUPEEA), Recife, 560p.

Arizaga, S. & Ezcurra, E. 2002. Propagation mechanisms in Agave macroacantha (Agavaceae), a tropical arid-land succulent rosette. American Journal of Botany 89(4): 632-641.

Badano, E.I. & Pugnaire, F.I. 2004. Invasion of Agave species (Agavaceae) in south-east Spain: invader demographic parameters and impacts on native species. Diversity and Distribuitions 10(5-6): 493-500.

Barbosa, C. 2011. Estratégias de estabelecimento da espécie exótica Furcraea foetida (L.) Haw (Agavaceae) e interferências na comunidade vegetal de restinga. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 87p.

I3N-Brasil. Base de dados nacional de espécies exóticas invasoras, Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Florianópolis, SC. (Acesso em 25/11/2011).

Bitencourt, N.deL.R. & Soriano-Sierra, E.J. 2008. Gestão ambiental integrada da orla marítima. Estudo de caso: conflitos de uso do canal da barra da lagoa (Ilha de Santa Catarina, Brasil). Revista de Estudos Ambientais 10(1): 65-73.

Bresolin, A. 1979. Flora da Restinga da Ilha de Santa Catarina. Trabalho submetido à Universidade Federal de Santa Catarina para provimento do cargo de Professor Titular. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 54p.

Bourscheid, K. & Reis, A. 2010. Dinâmica da invasão de Pinus elliottii Engelm. em restinga sob processo de restauração ambiental no Parque Florestal do Rio Vermelho, Florianópolis, SC. Biotemas 23(2): 23-30.

Caruso, M.M.L. 1983. O desmatamento da Ilha de Santa Catarina de 1500 aos dias atuais. 1ed. Editora da UFSC, Florianópolis, SC. 158p.

Carboni, M.; Santoro, R. & Acosta, A.T.R. 2010. Are some communities of the coastal dune zonation more susceptible to alien plant invasion? Journal of Plant Ecology 3(2): 139-147.

CDB – Convenção sobre Diversidade Biológica, 1992. COP-6 (Conferência das Partes), Decisão VI/23 2002. Dispõe sobre Espécies Exóticas que ameaçam ecossistemas, habitats ou espécies. (acesso em 29/09/2013).

Coelho, F.F.; Capelo, C.; Neves, A.C.O. & Figueira, J.E.C. 2007. Vegetative propagation strategies of four rupestrian species of Leiothrix (Eriocaulaceae). Revista Brasileira de Botânica 30(4): 687-694.

Correa, M.P. 1984. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Ministério da Agricultura, Instituto brasileiro de Desenvolvimento Florestal, Imprensa Nacional, Rio de Janeiro. V.1, 747p

Delariva, R.L. & Agostinho, A.A. 1999. Introdução de espécies: uma síntese comentada. Acta Scientiarum 21(2): 255-262.

Elmqvist T. & Cox, P.A. 1996. The evolution of vivipary in flowering plants. Oikos 77: 3-9.

Falkenberg, D.B. 1999. Aspectos da flora e da vegetação secundária da restinga de Santa Catarina, Sul do Brasil. Insula 28: 1-30.

Francis, J.K. 2009. Wildland shrubs of the United States and its territories: thamnic descriptions general technical report IITF-WB-1 U.S. Department of Agriculture, Forest Service International Institute of Tropical Forestry and Shrub Sciences Laboratory. (Acesso em 11/12/2011).

Gandolfo, E.S. & Hanazaki, N. 2011. Etnobotânica e urbanização: conhecimento e utilização de plantas de restinga pela comunidade nativa do distrito do Campeche (Florianópolis, SC). Acta Botanica Brasilica 25(1): 168-177.

Gargomi, O. et. al. 1996. Conséquences des introductions d’ espèces animales et végétales sur la biodiversité en nouvelle-calédonie. In: Rev. Ecol. (Terre Vie), vol. 51.

Hanazaki, N. 2003. Comunidades, conservação e manejo: o papel do conhecimento ecológico local. Biotemas 16(1): 23-47.

Hueck, K. 1953. Problemas e importância prática da fitossociologia no Estado de São Paulo. Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo: Instituto de Botânica. Série Contribuições para a pesquisa fitossociológica paulista, São Paulo, V.1.

Kim, K.D. 2005. Invasive plants on disturbed Korean sand dunes. Estuarine, Coastal and Shelf Science 62: 353-364.

Machado, C.J.S. et al. 2009. Recomendações para elaboração e consolidação de uma estratégia nacional de prevenção e controle das espécies exóticas no Brasil. Ciência e Cultura 61(1): 42-45.

Macdonald, I.A.W. et. al. 2003. Invasive alien species in southern Africa: national reports & directory of resources. Global Invasive Species Programme, Cape Town, South Africa.

Meyer, Jean-Yves. 2000. Preliminary review of the invasive plants in the Pacific islands (SPREP Member Countries). In: Sherley, G. (tech. ed.). Invasive species in the Pacific: A technical review and draft regional strategy. South Pacific Regional Environment Programme, Samoa. 190 pp.

Motooka, P. et al. 2003. Weeds of Hawai’i’s Pastures and Natural Areas: An Identification and Management Guide. College of Tropical Agriculture and Human Resources, University of Hawai‘I, Mänoa. (Acesso em 14/11/2011).

Oashi, M.C.G. 1999. Estudo da cadeia produtiva como subsídio para Pesquisa e desenvolvimento do Agronegócio do sisal na Paraíba. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 200p.

Oliveira, A.E.S. & Pereira, D.G. 2010. Erradicação de espécies exóticas invasoras: múltiplas visões da realidade brasileira. Desenvolvimento e Meio Ambiente 21: 173-181.

Pando-Moreno, M. et al. 2004. Post-harvest growth of Lechuguilla (Agave lecheguilla Torr., Agavaceae) in northeastern Mexico. Economic Botany 58(1): 78–82.

Pirani, J.R. & Cordeiro, I. 2002. Agavaceae, p.7-8. In: Wanderley M.G.L.; Shepherd, G.J. & Giulietti, A.M. (Coord.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. FAPESP: HUCITEC, São Paulo. V.2. .

Prado, R.M. & Catão, H. 2010. Fronteiras do manejo: embates entre concepções num universo de unidade de conservação. Ambiente & Sociedade 13(1): 83-93.

Rejmánek, M. et. al. 2005. Plant invasions and invasibility of plant communities. In: Van der Maarel, E. Vegetation Ecology, Blackwell, Oxford, p. 332-355.

Richardson, D.M. et.al. 2000. Naturalization and invasion of alien plants: concepts and definitions. Diversity and Distributions 6: 93-107.

Rodriguez, L.F. 2006. Can invasive species facilitate native species? Evidence of how, when, and why these impacts occur. Biological Invasions 8: 927-939.

Sanches, J.H.; Magro, T.C. & Silva, D.F. 2007. Distribuição espacial da Terminalia catappa L. em área de restinga no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba/SP, p. 1831-1838. In: XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Anais do... INPE. CD-ROM.

Santos, M. 2007. Pensando o espaço do homem. Editora da Universidade de São Paulo – EdUSP, São Paulo. 5ed. 96p.

Scherer, A.; Maraschin-Silva, F. & Baptista, L.R.M. 2005. Florística e estrutura do componente arbóreo de matas de Restinga arenosa no Parque Estadual de Itapuã, RS, Brasil. Acta Botanica Brasilica 19(4): 717-726.

Siqueira, L.C. 2008. Política Ambiental para quem? Revista Ambiente e Sociedade 11(2): 425-237.

Villarreal, D.Z. & GarcíaMarín, P.C. 2007. Tequila and other Agave spirits from west-central Mexico: current germplasm diversity, conservation and origin. Biodiversity and Conservation 16: 1653-1667.

Villarreal, D. et al. 2009. Archealogical Evidence of the cultural importance of Agave spp. Economic Botany 63(3): 288-302.

Zalba, S.M. & Ziller, S.R. 2007a. Propostas de ação para prevenção e controle de espécies exóticas invasoras. Natureza & Conservação 5: 8-15. Zalba, S.M. & Ziller, S.R. 2007b. Manejo adaptativo de espécies exóticas invasoras: colocando a teoria em prática. Natureza & Conservação 5: 16-22.

Zayas, A. A. 1989. Distribuicion geografica y possible origen de las Agavaceae. Universidad de La Habana, Revista del Jardim Botânico Nacional 10(1): 25-36. Ziller, S.R. 2001. O Processo de Degradação Ambiental Originado por Plantas Exóticas Invasoras. Revista Ciência Hoje 178 (30).

Zavaletta, E.S.; Hobbs, R.J. & Mooney, H.A. 2001. Viewing invasive species removal in a whole-ecosystem context. Trends in Ecology & Evolution 16: 454-459.

Published

08/03/2014

Most read articles by the same author(s)